Na última semana, o primeiro lançamento digital oficial produzido com o aplicativo iRedux chegou à rede: Minimal Bling foi realizado pelo criador do software, Oliver Farshi, em parceria com o programador Geraldine Juarez.

O álbum virtual foi construído, ou melhor, destruído sobre o álbum 808s and Heartbreak do super-astro do hip hop Kanye West.

Para quem não sabe o que é iRedux, trata-se de um programa escrito para plataforma Mac que literalmente destrói os arquivos de áudio, reorganizando as suas frequências e criando uma faixa totalmente nova. Ainda por cima, emite automaticamente uma licença do Creative Commons.

Na verdade, o iRedux acaba com a pirataria no seu computador. Motivo: produz arquivos totalmente novos e licenciados, abrindo caminho para a maior revolução na reprodução de som desde as “proteções anti-cópia”.

Para acompanhar esse lançamento, separamos alguns mitos e verdades sobre a reprodução de áudio, desvendando mistérios que sempre rondaram a cópia e gravação de CDs. Alguns deles são a degeneração dos arquivos e a danificação de hardware, que se popularizam desde o boom do CD-R, entre 2001 e 2003.

Mitos e verdades sobre a reprodução de música

O iRedux realmente apaga suas músicas?
Sim. O software se apropria das frequências da sua MP3 e destrói os sinais digitais dos arquivos, criando novos som a partir de remixagem aleatória e de sinais pré-programados. Ao agir sobre o arquivo, transforma-o e ainda emite uma licença em seu nome.

Esse software pode gerar problemas com os detentores de direitos autorais?
Não. Mesmo fazendo download ilegal de uma faixa (ou álbum), o iRedux não tem um banco de dados para reconhecimento de tags de arquivos mp3. Isto significa que, a partir do momento que o arquivo é mastigado pelo software, automaticamente vira uma gravação legal e 100% original.

Um arquivo de música pode se deteriorar se estiver em um CD?
Sim, mas não por causa do iRedux. Dependendo da qualidade de sua mídia, do uso e das precauções tomadas no manuseio, podem ocorrer desgastes fatais em algumas áreas do disco, causando assim a “destruição” dos arquivos de áudio.

Os arquivos duram menos em CD-R?
Possivelmente. Apesar da falta de conclusões definitivas, sabe-se que as mídias de menor qualidade perdem os arquivos com mais facilidade. A maior diferença nas gravações se dá na velocidade do laser. Quanto mais rápido gravar, mais difícil será para o leitor identificar os arquivos “queimados”.

Essa dificuldade pode estragar os leitores de CD?
Não. Essa dificuldade dos leitores ópticos podem, a muito longo prazo, diminuir a vida útil de seu canhão. Mas 99% dos problemas atribuídos aos CDs piratas acontecem por conta de mídias ruins, que descascam no drive ou empenam e quebram por causa do calor.

E se eu colocar um disco ao contrário no drive? Posso quebrar meu leitor?
Não. Os leitores são peças muito resistentes. Em caso de disco ao contrário, o máximo que acontecerá é o drive fazer barulho e não executar leitura

E as cópias protegidas? Realmente é possível impedir uma gravação
Sim. É possível impedir uma gravação ao impedir que um tipo específico de leitor tenha acesso às informações do seu disco. Mas, se você tem acesso a um arquivo via PC, com certeza existe um software que consegue duplicá-lo. E de graça.

Por que existe a lenda do dano aos drives ao usar CDs gravados?
A tecnologia da cópia caseira ainda é bastante recente. Por isso, os poucos resultados concretos de testes são a longo prazo. Mas, em suma, pode-se dizer que os drives são compostos de um emissor LED, um fotodiodo e um sistema chamado AGC. O laser reflete no fotodiodo e é interpretado por esse sistema, com intensidade que varia de acordo com os reflexos de cada disco. Ou seja, quanto pior a qualidade do disco, mais força necessária no canhão, o que pode levar a um dano de lente.


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Mitos e verdades da reprodução de áudio: CD-R, iRedux e outros truques