O governo venezuelano confirmou que os dez cadáveres encontrados no sábado (24) eram de integrantes de um time de futebol amador do país. Todos as vítimas eram de origem colombiana e estavam sequestradas desde o último dia 11 de outubro.

De acordo com o vice-presidente e ministro da Defesa da Venezuela, Ramón Carrizález, todos os corpos tinham marcas de balas e foram encontrados na fronteira do estado de Táchira.

Carrizález ressaltou ainda que “nada justifica” este fato, que qualificou como uma “brutalidade”. Para ele, ganha força a hipótese de que sequestrados e seqüestradores tenham tido alguma ligação com grupos colombianos que utilizam a Venezuela para resolver conflitos.

“Elementos da investigação apontam na direção de um enfrentamento” entre eles, explicou Carrizález.

“A brutalidade destes fatos é a brutalidade com a qual se desenvolve o conflito interno na Colômbia e a Venezuela, que não quer estar envolvido nele, está sofrendo seus efeitos”, ressaltou.

Na fronteira de 2,2 mil quilômetros entre os países operam diversas organizações criminosas, entre elas de guerrilheiros, paramilitares, narcotraficantes e seqestradores.

Os dez colombianos assassinados eram oriundos de Bucaramanga e não tinham qualquer registro migratório na Venezuela, revelou.

Carrizález insistiu em incluir o fato na violência interna que afeta à Colômbia há mais de meio século e que, ressaltou, “se transformou em um conflito que trespassa as fronteiras” e que “saiu das mãos do Governo colombiano”.

“É muito importante e muito necessário”, acrescentou, que todas as forças internas colombianas envolvidas nisso “busquem elementos para levar à paz que necessitam todos os sul-americanos”, porque o conflito “afeta todas as nações” da região.


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Morte de dez jogadores de futebol colombianos na Venezuela gera dúvidas

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