Afastar jovens do tráfico e da violência é o
principal objetivo de um grupo de moradoras de áreas pobres no Rio
de Janeiro. Conhecidas como Mulheres da Paz, elas fazem parte do
Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), do
Ministério da Justiça. As mulheres batem de porta em porta atrás
de adolescentes que estejam envolvidos com atividades ilegais ou que
possam ser cooptados pelo tráfico ou milícias.

Para marcar o Dia Internacional da Mulher e dar
visibilidade ao trabalho, elas promoveram no domingo (08/03) uma
caminhada pela orla de Copacabana, que reuniu cerca de 500 pessoas.

“A milícia e o tráfico não têm falado nada,
têm respeitado a gente. Tem que saber levar, afinal somos Mulheres
da Paz”, contou Daiane Kelly Ribeiro, moradora de Itaguaí, na
região metropolitana. Assim como as outras 2,5 mil integrantes do
grupo, ela recebe R$ 190,00 de bolsa pelo seu trabalho.

A grande maioria das agentes sociais já é mãe e
conta com a própria experiência para se aproximar dos adolescentes.
“Nós vamos de porta em porta conversando com os jovens. O
principal desafio é tirar eles do crime e das drogas, porque essa
vida não vai levar a nada”, afirmou Ana Paula Roque, moradora de
Nilópolis, na Baixada Fluminense.

Mesmo vivendo em uma área pobre, ela disse não
temer milicianos ou traficantes: “A nossa camisa já mostra que
somos da paz, então não temos dificuldade para entrar em lugar
algum. Eles têm nos respeitado”.


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Mulheres enfrentam tráfico para afastar jovens das drogas