Uma psicóloga denunciou ao Governo argentino uma comunidade do site de relacionamentos Facebook, na qual são feitos insultos a uma moradora de rua.

Silvia Scheider, no entanto, disse hoje que sua apresentação no Instituto Nacional contra Discriminação, Xenofobia e Racismo (Inadi) não se tratou de uma “caça às bruxas” contra a comunidade, batizada de “Quem não conhece a muda?”, que tem 596 membros.

“Não é uma caça às bruxas, mas não se pode permitir a impunidade total, principalmente quando se agride um terceiro, que neste caso é uma pessoa com problemas mentais e que não pode falar”, disse à imprensa local.

O grupo do Facebook foi criado no final de fevereiro por um jovem da cidade de Bahía Blanca e tem como tema uma guardadora de veículos com problemas mentais. “Temos que criar um plano para limpar esta esquina”, disse um integrante no fórum da comunidade.

Scheider também afirmou que já apresentou o caso à Defensoria Geral Departamental da Justiça local. Fontes do Inadi informaram que, mensalmente, o organismo recebe cerca de 50 denúncias de discriminação na internet.

“Estou preocupada e o Inadi vai trabalhar para acabar com as práticas discriminatórias nesta cidade. O Facebook é uma terra de ninguém, não tem uma legislação que o regule. Por isso, tudo é mais complexo”, disse.


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Na Argentina, mulher denuncia caso de discriminação no Facebook