Roqueiro, jornalista, blogueiro, ator… Leo Jaime é multimídia e um dos reis do rock brazuca dos anos 80. Emplacou inúmeros sucessos, que todo mundo cantava e dançava junto: “A fórmula do amor”, “A vida não presta”, “Bete Balanço”, “Gatinha manhosa”, “Maior abandonado”, “Nada mudou” – veja vídeo nesta matéria!, “Preciso dizer que te amo”, “Sônia” e muitas outras.


 


Leo participou ativamente do cenário rock naquela época: fez parte da formação original do grupo carioca de rockabilly João Penca e seus Miquinhos Amestrados e também indicou Cazuza ao Barão Vermelho, tendo recusado o papel de vocalista da banda.


 


O Virgula Neon conversou com o músico por email – e não poderia ser diferente, já que ele é aficionado por internet desde… bom, desde sempre.


 


Como começou o seu lance com a tecnologia? Você sempre foi geek?


Sim, eu troquei a máquina de escrever pelo computador na primeira oportunidade. E sempre gostei de Macs, o que facilitou muito minha vida com as máquinas.


 


Quantos amigos você tem no Orkut? Quanto tempo por dia você dedica à internet? Mais que o Ritchie e o Leoni juntos?


Não sei do Ritchie e do Leoni, talvez eles se dediquem mais. Eu fui recebendo pedidos para adicionar amigos no Orkut, logo no comecinho, e acabei tendo que fazer vários perfis. Não pedi nem para 30 pessoas me adicionarem, nunca fiz campanha para ter muitos amigos e nem tive o interesse em bater recordes. Foi uma coisa natural e espontânea. Assim foi com o blog também. Fui um dos primeiros a lançar blog e isto fez com que o meu tivesse muita visibilidade. E atraiu gente para o Orkut. O fato é que muita gente julga de forma crítica esta excessiva popularidade exatamente porque é difícil manter um contato maior com tanta gente. E na verdade o que dificulta não é o tanto de gente, mas o tanto de spam que rola entre uma mensagem que de fato foi escrita pra mim e outra. Spam é uma merda. Acabou com o Orkut. E não tinha a intenção de lotar todos os perfis do Orkut, mas eles lotaram. Hoje tenho nove, e só o nono está lotado. Os outros têm vagas de gente que me abandonou ou saiu do Orkut. Dedico uma boa parte do meu tempo para me comunicar via internet. Não considero este tempo como livre.


 


E sobre o seu sucesso estrondoso nos 80s? Você sente falta daquilo tudo?


Não sinto falta de nada. Minto: sinto falta do Chacrinha.


 


Hoje em dia onde você está fazendo shows? Tem alguma agenda pra gente divulgar?


Tô fazendo shows mas a agenda tá difícil. Estou mudando de software e ainda não está no site.


 


Você baixa música, séries etc.? Suas músicas estão no Creative Commons?


Não manjo o Creative. Baixo algumas coisas sim. Sou fã de seriados.


 


E tua carreira de ator? A gente aqui na redação do Virgula estava comentando como foi genial a tua participação na novela Bebê a Bordo…


Um monte de coisas. As últimas foram o musical Os Cafajestes e uma participação no último episódio do Toma Lá Dá Cá, no ano passado. Em geral faço musicais no teatro. Depois de Bebê a Bordo fiz Vitor ou Vitória, Viva Elvis, Rocky Horror Show… Além de escrever, mas isto é outro papo.


 


Boa parte do rock brasileiro dos anos 80 foi parar no balaio da Trash 80’s. Incomoda ser tachado de trash?


O Rock Brasil e aquilo que é nostalgia dos anos 80 têm uma área em comum. E podem chamar do que quiserem. Mesmo que eu não goste, sempre chamaram e sempre chamarão do que quiserem, não é mesmo?


 


Você ainda ganha grana com direito autoral?


Claro, minha obra continua sendo minha e será por um bom tempo. Além disso, acabo de lançar um CD de inéditas, pela Som Livre, o que aumentou um pouco o meu repertório. E os direitos.


 


Qual foi a versão mais bizarra de uma música tua?


Já ouvi várias regravações. Gostei de todas. Acho difícil gravar músicas minhas. Eu costumo me sair melhor cantando músicas dos outros do que os outros cantando músicas minhas. Se bem que o Dusek arrebentou com o Rock da Cachorra. Nada a lamentar.


 


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Neon entrevista Leo Jaime, um dos reis do rock brasileiro nos anos 80