O presidente da França, Nicolas Sarkozy, está prestes a aprovar uma lei que prevê o corte do acesso à internet de quem for pego baixando conteúdo protegido por direitos autorais. Porém, há indícios de que se a lei for mesma aprovada, Sarkozy será um dos “pirateiros” encrencados.


 


O jornal francês Le Canard Enchaine publicou uma matéria acusando o governo Sarkozy de produzir 400 cópias não-autorizadas de um documentário sobre o próprio presidente. Se a denúncia for mesmo verdadeira, essa será a segunda vez que o presidente francês viola abertamente a lei de copyright que faz tanta questão de defender.


 


A revista PC World francesa publicou que Sarkozy queria distribuir o filme A Visage Decouvert: Nicolas Sarkozy para diplomatas que participavam de uma conferência em Paris. Porém o distribuidor do DVD, a Galaxie Presse, só havia enviado 50 cópias do filme pro governo. Para garantir, então, que todos os diplomatas recebessem o filme, o governo francês teria decidido produzir algumas centenas de cópias por conta própria, sem autorização da distribuidora. O chefe do Serviço Audiovisual da Presidência da República, Frank Louvrier, afirmou ao Le Monde, entretanto, que a autorização para as cópias foi solicitada.


 


A primeira vez que Sarkozy foi acusado de  desrespeitar a propriedade intelectual foi quando usou, sem autorização, durante as campanhas presidenciais, uma música do MGMT. Em um acordo judicial, o partido de Sarkozy pagou 30 mil euros para os músicos Ben Goldwasser e Andrew VanWyngarden. Na época, Goldwasser e VanWyngarden afirmaram que doariam a quantia para organizações de direitos dos artistas.


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Nicolas Sarkozy é acusado de pirataria por jornal francês