A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta quinta-feira (30/04) mudar o nome da até então chamada gripe suína para gripe A (H1N1) e descartou elevar o nível de alerta de 5 para 6 por causa da doença.

“Trocamos a denominação porque o vírus é cada vez mais humano e tem menos a ver com o animal”, explicou Dick Thompson, porta-voz da instituição.

“Recebemos muitos questionamentos de associações de animais e produtores questionando o nome, e finalmente decidimos trocá-lo”, completou Thompson.

Alerta

Enquanto isso, o número de casos comprovados de gripe suína continua aumentando ao redor do mundo, mas a OMS preferiu não mudar o nível de alerta no momento.

“Não há nenhuma razão que justifique elevá-lo por enquanto”, assegurou em teleconferência o diretor adjunto da OMS, Keiji Fukuda.

“Por enquanto, vemos que a doença continua evoluindo, que há lugares em que o número de casos continua aumentando, como no México. Em outros países, como os Estados Unidos, as ocorrências se mantêm estáveis; por isso, em termos epidemiológicos, não se justifica elevar o nível de alerta”, acrescentou o diretor.

Fukuda justificou a decisão de aumentar ontem o nível de alerta da fase 4 para 5 por causa do aumento de infectados e da constatação de contágios entre pessoas de uma mesma comunidade que não tiveram contato direto entre si.

“Além disso, elevar o alerta é uma maneira de ligar o alarme, de dizer aos países e à população mundial que devem ativar todas as precauções necessárias para evitar a propagação da iminente pandemia”, acrescentou o representante da OMS.

A escala de alerta foi criada em 2005. Por isso, não há precedentes de ativação de seus seis níveis.

Infectados

Segundo os últimos dados da OMS, o número de pessoas infectadas no mundo pelo vírus da gripe suína já chega a 257. A Irlanda confirmou hoje um caso da doença no país que ainda não foi identificado oficialmente pela entidade.

Este significativo aumento desde os 148 casos contabilizados no último balanço se deve, sobretudo, ao fato de o México ter confirmado muitas ocorrências em laboratório.

Assim, a OMS aumentou o número de casos comprovados no México de 26 para 97.

“Este salto significa que o trabalho está sendo fazendo”, explicou o diretor.

O que ainda não mudou é o número confirmado pela OMS de mortos pela gripe suína, oito no total, sendo sete no México e um nos EUA.

A OMS não leva em conta em sua apuração os casos que não foram confirmados por sua própria rede de laboratórios. Por isso, os números da organização geralmente são diferentes dos dados divulgados pelos Governos de cada país.


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OMS muda nome da gripe suína e descarta aumentar nível de alerta