O Conselho de Segurança da ONU adotou hoje, de maneira unânime, uma resolução que amplia por um ano o mandato da missão de paz conjunta do organismo e da União Africana em Darfur (Unamid).

A resolução apresentada pelo Reino Unido expressa a preocupação do principal órgão da ONU, já que a situação de segurança e humanitária da população segue precária mesmo dois anos depois do início da Unamid.

“O Conselho de Segurança exige a todas as partes do conflito em Darfur que ponham fim imediatamente aos ataques a civis, capacetes azuis e pessoal humanitário, e que cumpram suas obrigações em direitos humanos e direito humanitário internacional”, afirma o documento.

A declaração ressalta também a necessidade de que a missão de paz faça uso de todos os recursos que tenha disponíveis para proteger a população civil da região sudanesa e assegurar, assim, a distribuição da ajuda humanitária.

Além disso, exige dos Governos de Chade e Sudão que superem as diferenças que provocaram uma escalada de tensão na fronteira comum, normalizem as relações e colaborem na estabilização de Darfur.

A Unamid conta hoje com nove mil soldados uniformizados, menos que os 25 mil autorizados pelo mandato dado pelo Conselho de Segurança, que expira amanhã.

A renovação do mandato da Unamid coincide com a nomeação pela ONU e a União Africana de um novo responsável militar da missão, o general ruandês Patrick Nyamvumba, que substituirá o nigeriano Martin Agwai.

O conflito de Darfur começou quando em fevereiro de 2003 dois grupos insurgentes pegaram em armas contra o regime de Cartum, em protesto pela pobreza e a marginalização sofrida pelos habitantes da região.

Desde o início do conflito, cerca de 300 mil pessoas morreram e dois milhões e meio foram obrigadas a abandonar seus lares, segundo cálculos da ONU


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ONU decide estender missão de paz em Darfur