As Nações Unidas mostraram hoje preocupação com a proximidade das eleições no Afeganistão e o aumento da violência gerada pelas preparações do pleito, o que está impedindo a evidência de uma clara crise humanitária.

“Os preparativos para as eleições e tudo o que se deriva disso não permite aos doadores e à comunidade internacional, em geral, que percebam o que está acontecendo no grave contexto humanitário e sobre o que devemos fazer contra”, apontou, em entrevista coletiva, o representante especial adjunto da ONU para o Afeganistão, Robert Watkins.

O funcionário lembrou que há 235 mil deslocados internos no Afeganistão e 2,6 milhões de refugiados em outros países da região.

Além disso, Watkins assinalou que a situação está piorando, porque há um claro aumento da insegurança, “derivado da preparação das eleições e a oposição a elas, mas também de uma intensificação da campanha da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)”.

A situação permite que as agências humanitárias da ONU tenham um acesso limitado, perigoso ou nulo a 58% do território do país.

“A falta de acesso às zonas gera problemas para a maioria da população na obtenção de cuidados médicos e nossas campanhas de vacinação, especialmente contra a poliomielite”, afirmou.


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ONU diz que eleições no Afeganistão ocultam crise humanitária