Advogado de formação e ciclista por opção, o paulista Arthur Simões, 27 anos, natural de São José dos Campos, encerrou no último sábado (23/05) a sua trajetória de volta ao mundo sobre uma bicicleta. A aventura do brasileiro, que percorreu mais de 35 mil km, 46 países e cinco continentes em três anos, ganhou o nome de “Pedal na Estrada”.

Satisfeito com o desempenho obtido durante o longo trajeto, Arthur Simões que conta, a seguir, em entrevista exclusiva ao VirgulaEsporte, como e quando surgiu a idéia de realizar a aventura sobre duas rodas ao redor do mundo.

“Em 2005, tudo ganhou forma. Já tinha visto várias pessoas viajando e curtindo aventuras pelo mundo e resolvi me arriscar. Foram 10 meses de planejamento até o dia da partida”, disse.

Iniciada em 3 de abril de 2006, no Monumento às Bandeiras, localizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, a volta ao mundo sobre duas rodas foi nomeada de “Pedal na Estrada” pelo próprio ciclista, que conta como tudo aconteceu.

“Esse tipo de aventura de volta ao mundo tem muito a ver com pé na estrada. Mas, como fui de bicicleta, resolvi dar uma brincada com o trocadilho”, confessou.

PIOR MOMENTO

“Lembro que pensei em desistir apenas uma vez durante toda a viagem. Foi quando eu cheguei na Indonésia e vi a situação de pobreza que aquele país vivia. Fiquei com aquilo na minha cabeça, mas, depois de algum tempo, eu consegui absorver e descobrir o que aquela nação tinha de bom para oferecer”.

SURPRESA

“Os acidentes me assustaram bastante. Porém, dois deles me pegaram de surpresa. O primeiro foi o mais engraçado, pois eu estava dentro de um ônibus, em Dubai, e ele acabou capotando. Já o segundo foi mais sério: fui atropelado por um caminhão na Turquia”.

ÁPICE DA VIAGEM

“A passagem pela Austrália foi a melhor de todas. Foram meses incríveis, tudo deu certo e minha saúde estava perfeita. Além disso, fui muito bem recebido no país”.

FUTURO

Questionado sobre o seu próximo objetivo, Arthur, que é graduado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, descartou seguir carreira nos tribunais, além de não pensar em uma próxima viagem, pelo menos por enquanto.

“Consegui colher bastante matéria durantes os três anos. São fotos, textos e vídeos que usarei para escrever um livro, dar palestras e ajudar projetos sociais. Esse é o foco principal”, finalizou.


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Paulista pedala 35 mil km de bicicleta e atravessa 46 países em três anos