O primeiro-ministro da França, François Fillon, anunciou nesta quarta-feira que assinou um decreto negando a naturalização de um estrangeiro que obriga a mulher, que é francesa, a usar um véu semelhante a uma burka.

Em entrevista à rádio Europe 1, Fillon explicou que baixou o decreto porque há uma lei que diz que qualquer um que não aceitar os princípios do laicismo e da igualdade entre homens e mulheres terá a aquisição da nacionalidade francesa negada.

Segundo o premiê, já que obriga a mulher a vestir uma espécie de burka, o homem em questão “não merece a nacionalidade francesa”.

O decreto assinado por Fillon tinha sido proposto pelo ministro da Imigração, Eric Besson. Este argumentou que, durante “a pesquisa regulamentar e a entrevista prévia”, foi constatado que o solicitante “obrigava a mulher a vestir um véu de corpo inteiro”. Esse homem, de acordo com a versão de Besson, “privava a mulher da liberdade de sair com o rosto descoberto e rejeitava os princípios de laicismo e da igualdade entre homens e mulheres”.

O decreto negando a naturalização do homem é assinado uma semana depois de uma comissão parlamentar encarregada de estudar a regulação do uso do burka na França ter recomendado a proibição da peça no funcionalismo público.

Os legisladores da mesma comissão também propuseram ao Parlamento que aprove uma resolução condenando o uso da burka, classificada como “contrária aos valores da República”.


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Premiê francês decide negar nacionalidade a homem que força mulher a usar véu