Na madrugada deste domingo (28), o presidente hondurense Manuel Zelaya foi detido pelas forças armadas do país, segundo seu secretário particular, Eduardo Enrique Reina. No momento, o parlamentar encontra-se na Costa Rica, segundo o governo do país, que aceitou o governante como “hóspede”, após esse ter sido tirado à força da capital Tegucigalpa.

A detenção ocorreu horas antes do início de uma consulta popular que havia sido convocada e que tinha sido declarada ilegal pelo Parlamento e pela Suprema Corte, máxima instância judicial do país.

Reina disse à imprensa local que “com muita preocupação, a Guarda de Honra nos informou que o presidente foi levado pelos militares e conduzido à (base da) Força Aérea”.

Acrescentou que “o fato já foi denunciado à comunidade internacional”, e aproveitou para fazer um apelo ao povo hondurenho e aos políticos para que se “manifestem na defesa da democracia”.

A recusa das Forças Armadas de colaborar com o presidente na consulta popular convocada para hoje – sobre uma iniciativa de Zelaya de reformar a Constituição – mantinha o país em uma situação de crise política há dias.

A consulta impulsionada por Zelaya tinha como objetivo perguntar à população se nas eleições de novembro deveria ser colocada uma urna para decidir sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte.

EXÉRCITO OCUPA AS RUAS

Carros blindados e tanques saíram neste domingo às ruas de Tegucigalpa, horas depois de o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, ter sido detido. Os veículos militares tomaram as ruas que dão acesso à residência presidencial.

Nas primeiras horas da manhã em toda a capital ocorreram cortes de energia elétrica, e os canais de TV e de rádio estão tendo suas transmissões interrompidas parcialmente.

Cerca de 300 oficiais rodeiam a residência presidencial em Tegucigalpa, que, no entanto, permanece em clima de relativa tranquilidade.


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Presidente de Honduras é detido por militares e levado para a Costa Rica