Nunca se imaginou uma banda de power metal se apresentando em uma casa de pagode em São Paulo. Mas no último domingo, a banda alemã Primal Fear quebrou essa escrita e realizou um empolgante show no Carioca Club, no bairro de Pinheiros na noite do dia dos pais.

A banda Chimerah abriu a noite e, logo em seguida, se apresentou o conjunto que pertence ao próprio baixista do Primal Fear, Mat Sinner, que leva seu sobrenome. O Sinner agitou o público, que se esquentava para a chegada de Ralf Scheepers e sua turma.

Quando o Primal Fear finalmente subiu ao palco, a banda abriu o show com a música Under The Radar, e  depois, intercalou sucessos antigos, como Battalions of Rage, Nuclear Fire e Final Embrace, com músicas do novo CD, 16.6, entre elas Killbound, Six Times Dead e Riding The Eagle.

Os álbuns Devil´s Ground, Seven Seals e New Religion foram lembrados no show respectivamente com as músicas Metal is Forever, Seven Seals e Sign of Fear. Por sinal, New Religion é considerado o pior trabalho da banda, com músicas lentas e entediantes. Uma verdadeira decepção para os velhos fãs da banda alemã. 16.6 veio para mostrar que a banda percebeu o “erro” cometido, e voltou a utilizar acordes rápidos e batidas fortes, iguais as do tempo de Primal Fear (1º disco), Jaws of Death e Nuclear Fire. Isso trouxe um grande alívio para o público, que cantou as novas músicas com muito entusiasmo, com as letras na ponta da língua.

A plateia pode desfrutar também de um “senhor” solo de bateria com o canadense Randy Black e depois, um desafio de guitarras entre Henny Wolter e Alex Beyrodt (que assume temporariamente o lugar de Magnus Karlsson, que foi pai de gêmeos no mês de junho). Sem contar a voz de Ralf Scheepers, que parece cada dia melhor. O vocalista, que se veste como Rob Halford e é tão careca quanto o líder do Judas Priest, parece estar com os agudos mais afinados do que nunca e muita disposição para comandar a banda nesta nova empreitada.

E para encerrar, nada melhor do que a primeira música do primeiro CD da banda, Chainbreaker. A galera foi a loucura, deixando todos com um gostinho de quero mais. Tentamos conversar com os músicos no final desta que foi a única apresentação no Brasil este ano, mas, segundo uma das produtoras, eles não dormiam há três dias, e tudo que mais queriam era ir embora e descansar.

Este foi o último show da turnê na América Latina. Os caras também passaram por México, Colômbia e Argentina. Agora, o Primal Fear segue com a turnê do disco 16.6 para o leste europeu.


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Primal Fear incendeia Carioca Club com show impecável