Prestes a chegar ao Brasil para uma visita ambiental, o príncipe Charles acaba de ser acusado de promover “curandeirismo”. Um professor britânico de Medicina Alternativa, Edzard Ernst, acusou o príncipe de praticar “o mais puro curandeirismo” ao colocar à venda, através de sua marca oficial – a Duchy Originals – um “duvidoso” produto desintoxicante.

Ernst, o acadêmico especializado em tratamentos alternativos mais proeminente do Reino Unido afirmou também que o herdeiro ao trono britânico tenta se aproveitar do público em uma época de crise. Para o professor, o príncipe e seus assessores parecem querer ignorar deliberadamente a ciência e preferem “se basear em crenças e superstições”.

O professor explicou à BBC que não há provas científicas de que os desintoxicadores funcionem, e o frasco de 50 mililitros vendido por Charles a 10 libras (US$ 13,7), com a pretensão de ajudar a eliminar toxinas e a facilitar a digestão, não é uma exceção.

A sugestão de que um produto possa eliminar toxinas do corpo é “inverossímil, sem fundamento e perigosa”, sustenta o professor. “O príncipe Charles está, portanto, explorando economicamente um público crédulo em tempos de dificuldades financeiras”, disse.

O diretor da Duchy Originals, Andrew Baker, afirmou, por sua vez, que a Duchy Herbals’ Detox Tincture “não é, nem nunca foi descrita, como uma medicina, remédio ou cura para qualquer doença”.

Visita ao Brasil

O príncipe Charles da Inglaterra e sua esposa, Camilla, deixaram nesta quarta-feira (11) o Chile e viajaram ao Brasil, onde permanecerão por quatro dias. Charles e Camilla partiram do aeroporto internacional de Santiago por volta das 11h (mesma hora de Brasília) após sua primeira visita oficial ao Chile.

Como fez no Chile, o herdeiro da Coroa britânica presidirá no Brasil reuniões para conhecer a experiência da comunidade de negócios na criação de associações com o setor público para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.


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Príncipe Charles é acusado de promover curandeirismo