Imagine que uma revista te convença a gastar US$ 400 mil para divulgar um filme em suas páginas. Mas que, dias depois, publique uma crítica detonando o mesmo.

Pois foi depois de passar por essa situação que os produtores de Iron Cross decidiram processar a Variety, segundo o site Contacmusic.

De acordo com o processo, representantes da revista teriam convencido a Calibra Pictures, responsável pelo filme, a investir US$ 400 mil em anúncios, dizendo que isso poderia levar Iron Cross a uma futura indicação ao Oscar.

Mas, dias depois, publicou uma crítica que, ainda segundo o texto do processo, era “contundente…imprecisa e hostil”. E que “minou seriamente, se é que não destruiu completamente” as chances em relação ao Oscar.

Para deixar a história ainda mais complicada, a tal crítica simplesmente sumiu do site da Variety por uns dias, reaparecendo misteriosamente depois.

Agora, a produtora de Iron Cross quer ser indenizada e ainda receber uma garantia judicial de que a revista simplesmente não vai poder fazer mais nenhum comentário sobre o filme.

Mas críticos de outros veículos já demonstraram apoio à publicação. Um deles foi o colunista Patrick Goldstein, do Los Angeles Times, que escreveu que é preciso ser muito ingênuo para achar que um anúncio serve como garantia de uma resenha positiva.

Iron Cross foi o último filme de Roy Scheider (Tubarão), que interpreta um policial aposentado que viaja para a cidade onde vive seu filho, disposto a fazer as pazes depois de anos de afastamento. Mas, ao chegar lá, ele descobre que o vizinho do jovem é um ex-integrante do comando nazista que matou sua família durante a II Guerra Mundial.

O filme estreia nos Estados Unidos em setembro e ainda não tem previsão para o Brasil.


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Produtores processam revista por crítica negativa

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