O investimento feito pelos clubes em comissão técnica e treinadores nem sempre supera o valor obtido com os resultados em campo. O assunto é sempre tema de discussão. E volta à tona com a recente demissão de Muricy Ramalho por ter, mais uma vez, fracassado na conquista da Libertadores. Apesar da falta de êxito do agora ex-comandante são-paulino ele não é, ou era, o técnico que mais prejuízo traz a uma agremiação quando o assunto é salário/resultado.

Nesse quesito, o campeão é o palmeirense Vanderlei Luxemburgo. No comando do time do Palestra Itália desde janeiro de 2008, Luxa conquistou apenas o título do Paulista-2008. E não foi por falta de competição. Em 18 meses, a equipe disputou uma Copa do Brasil, uma Libertadores, um Campeonato Brasileiro, uma Copa Sul-Americana e dois Estaduais. No mesmo período, o clube gastou o equivalente a R$ 9,9 milhões com salários ao técnico mais bem pago do país.



Os valores chamam ainda mais a atenção quando comparamos Luxemburgo com o técnico do rival Corinthians. Mano Menezes chegou ao comando do time Alvinegro há 18 meses e já computou: o vice-campeonato da Copa do Brasil, que ainda pode erguer a taça caso supere o Inter dia 1º de julho em Porto Alegre; e os títulos de campeão Paulista e da Série B do Brasileiro. Soma-se aqui a derrota no Paulista-2008 quando não passou da primeira fase. Com o técnico gaúcho, a equipe investiu até agora R$ 5,4 milhões, ou seja, pouco mais da metade do treinador Alviverde.

Mas não é apenas Mano que vale à pena no custo-benefício de um clube. Tite, do Internacional, é o que mais leva vantagem. Ou melhor: é o que mais resultado trouxe em relação ao valor do seu pay-check mensal. Há pouco mais de 12 meses no cargo, o comandante colorado, que já amealhou em salários o equivalente a R$ 2,4 milhões, venceu uma Copa Sul-Americana e um Campeonato Gaúcho. E tem pela frente as finais da Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil. Ausência de conquistas só aconteceu no Campeonato Brasileiro de 2008.

Em destaque após eliminar o São Paulo, e com a possibilidade de vencer a Copa Libertadores, Adílson Batista vem provando ser o técnico com a maior rentabilidade para os cofres de um clube. Em 18 meses no comando do Cruzeiro e o bicampeonato mineiro, o comandante teve gastos de apenas R$ 2,7 milhões. No entanto, caso fique com o título do torneio sul-americano no próximo mês, o comandante será, sem dúvida, o que trouxe menor prejuízo aos dirigentes nacionais. Nesse período, o treinador ainda teve o insucesso na Libertadores e Campeonato Brasileiro de 2008.

No caso de Muricy Ramalho, que está desempregado, o tempo de trabalho foi de 42 meses. Nesse período, o São Paulo investiu R$ 12,6 milhões no treinador. Em contrapartida, foi campeão Brasileiro por três anos consecutivos. No Paulista, o time não passou da semifinal e, na Libertadores, o melhor resultado foi o vice-campeonato em 2006.


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Qual treinador é o melhor custo-benefício para os clubes?