O Relatório da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal (PF), aponta que a empreiteira Camargo Corrêa pagou pelo menos R$ 2,9 milhões para o PT e o PMDB em obra do Pará. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo desta sexta-feira (22), ao menos parte da propina, referente à obra da eclusa de Turucuí, no Pará, teria sido destinada ao grupo político do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que controla o Ministério de Minas e Energia.

Em documentos apreendidos com Pietro Bianchi, diretor da construtora, há o registro de que foram repassados aos partidos 3% de uma parcela recebida pela empreiteira para a construção da eclusa, avaliada em R$ 97 milhões. No material consta a informação de que recursos do PMDB foram destinados a “Astro/Sarney”. Já o pagamento ao PT está ligado ao nome Paulo.

Segundo a PF, Sarney é “provavelmente” Fernando Sarney, filho do presidente do Senado. E “Astro” seria Astrogildo Quental, diretor financeiro da Eletrobrás e ex-secretário estadual do Maranhão no governo de Roseana Sarney.

Já com relação ao PT, a PF suspeita que Paulo seja Paulo Ferreira, tesoureiro do partido.

A Camargo Corrêa não se pronunciou sobre o assunto. José Sarney e outros citados negaram as suspeitas, segundo a Folha de S. Paulo.


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Relatório da PF indica propina para grupo de Sarney no Pará