A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que os reservatórios de duas das cinco represas que formam o Sistema Cantareira não suportaram os mais de 30 dias consecutivos com chuva em São Paulo e transbordaram, o que significa que não há mais como controlar a vazão de água das represas Atibainha e Jaguari.

O transbordamento não ocorria desde 1999, e a Sabesp alerta que, como não consegue mais controlar o nível da água, os moradores de regiões próximas aos reservatórios podem ver suas casas alagadas, dependendo do volume de chuvas. Além das duas represas, o sistema é composto ainda por mais três: Jacareí, Cachoeira e Paiva Castro, e em todas a situação já é preocupante.

Em Atibaia, as cheias já atingiram o bairro Terceiro Centenário, fazendo com que alguns moradores deixassem as residências, inundadas pelas águas do rio que dá nome ao bairro. A Defesa Civil não confirma que o nível possa subir a 1,5 metros, conforme o boato que corre entre os moradores, mas alerta para outro aumento do volume das águas, sugerindo que os residentes deixem suas casas.

Já no Jardim das Nações, bairro da mesma cidade, a situação é mais complicada, e alguns moradores estão optando pelo deslocamento com barcos, enquanto quem vive em ruas ainda secas já se prepara para novas inundações. O temporal que atingiu a cidade na quinta-feira piorou o cenário, e diversas pessoas já se preparam para abandonar a região.

A Defesa Civil estadual revelou que subiu para 23 mil o número de paulistas afetados pelas enchentes, com 64 mortes, a última em Campinas, mais uma cidade atingida pelo temporal que desabou na tarde de terça-feira (26). Nesta quarta (27), com o solo seco, os moradores e comerciantes aproveitaram para contar os prejuízos com a enxurrada.


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Represas transbordam com as chuvas em SP; 23 mil pessoas estão desabrigadas

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