Ao despachar o ‘rei do saibro’, Rafael Nadal, domingo, por 3 a 1, o sueco Robin Soderling, de 25 anos, deu um grande passo no Grand Slam de Roland Garros. Certamente não em simpatia. Conhecido por ‘ter poucos amigos’ ele não parece se incomodar com o rótulo. Ao contrário. “Se as pessoas não gostam de mim, não há nada que eu possa fazer”, diz o jogador. “Estou aqui para jogar tênis, não para fazer amigos”, acrescentou Soderling, que somente em fevereiro deste ano passou a figurar entre os top 20 do mundo.


 


Seu triunfo diante do atual número um do mundo ganhou uma pitada de intriga fora das quadras. Especialmente quando a imprensa recordou que, em Wimbledon 2007, quando os dois se enfrentaram pela primeira vez, o sueco ficou imitando o espanhol no início do quinto set, ajustando a cueca a cada game.


 


Muito barulho por nada…


 


“Sinceramente, acho que é muito barulho por nada. Não acredito que o Nadal tenha ficado chateado com essa história. Pessoalmente, quando tenho um problema com um jogador, falo diretamente com ele, não mando recado pela imprensa.”


 


Será que Soderling tem muitos amigos no circuito da ATP? “Não muitos”, confirma ele. “Costumava me divertir com outros suecos, mas há poucos no circuito hoje em dia”, ressalta.


 


Se as amizades andam em baixa, o mesmo não se pode dizer de seu rendimento nas quadras. A temporada, que não começou tão boa, já dá bons sinais para Soderling, que eliminou na terceira rodada do torneio francês o 14º do mundo, David Ferrer, também da Espanha, por 3 a 1. Este ano ele também conquistou o título do torneio de Lyon e fez outras duas finais que o colocaram na 15ª posição do ranking da ATP. “Agora sinto que posso mostrar meu potencial e conquistar grandes resultados. Minha meta é estar entre os top 10 e a única maneira de alcançar isso é sendo consistente”, explica o tenista.


 


Seu próximo adversário em Roland Garros, valendo vaga na semifinal do torneio, é o russo Nikolay Davydenko, que já chegou às semifinais em Paris duas vezes (2005 e 2007). O sueco, porém, que já disputou cinco vezes o torneio, tinha como melhor resultado a terceira rodada.


 


Se conseguir despachar também Davydenko, Soderling enfrentará na semifinal o vencedor do confronto entre Andy Murray e Fernando Gonzales.


 


Para o sueco Mats Wilander, capitão da equipe de seu país na Copa Davis, Robin pode golpear a bola mais forte que qualquer tenista. “Soderling vem trabalhando duro e tem certeza que pode bater qualquer adversário em qualquer superfície. Ele joga sem medo de qualquer adversário”, acrescentou. E ele tem razão. Afinal, domingo, o sueco bateu ninguém menos que o tetracampeão de Roland Garros e, até então, o favorito ao título deste ano.


 


Grand Slam de Roland Garros


Local: Paris


Data: até 7 de junho


Onde ver: ESPN, a partir das 6h


 


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Robin Soderling diz que quer estar entre os top 10