A confirmação do retorno do rugby aos Jogos Olímpicos, na modalidade de sete, para a edição de 2016, no Rio de Janeiro, gerou um entusiasmo sem precedentes entre os amantes do esporte no Brasil, que há anos tentam encontrar espaço no chamado “país do futebol”.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) oficializou hoje o retorno do rugby e a inclusão do golfe no programa olímpico a partir de 2016. O esporte foi disputado pela última vez nos Jogos de 1924, em Paris.

“Esta inclusão nos Jogos Olímpicos representa uma oportunidade sem precedentes para a sua divulgação no Brasil. O público brasileiro gosta muito de torcer por seu time e, principalmente, pelo seu país, então o evento será uma excelente vitrine para o rugby brasileiro”, afirmou Aluísio Dutra presidente da Associação Brasileira de Rugby.

O francês Pierre Paparemborde, treinador da seleção masculina do Brasil, disse à agência Efe que seus planos para a equipe estão mais orientados ao rugby de sete, com chaves femininas e masculinas em 2016.

“Queremos multiplicar a organização de torneios regionais para dar uma maior divulgação ao rugby de sete”, apontou o treinador, filho do francês Robert Paparemborde, uma lenda do rugby francês da década de 70.

Segundo a Associação Brasileira de Rugby, no país existem hoje 123 clubes dedicados ao esporte da bola oval, que é praticado por aproximadamente 8 mil jogadores, entre homens e mulheres – sendo cerca de 1.200 menores de 19 anos.

Na região, o incipiente rugby masculino brasileiro está longe do nível da poderosa Argentina, mas procura se iguala pelo menos a Uruguai e Chile.

Por outro lado, os resultados no feminino são bem melhores: as brasileiras ganharam os cinco últimos sul-americanos de rugby e ficaram em décimo lugar no primeiro Mundial feminino de sete, disputado no mês de março em Dubai.

Segundo Paparemborde, se as meninas continuarem evoluindo no mesmo ritmo dos últimos anos, o Brasil pode chegar aos Jogos do Rio com chance de medalha.

“As mulheres serão, sem dúvida, a melhor chance de medalhas para o rugby brasileiro”, apontou.

O presidente do Brasília Rugby Clube, Raphael Rizzo, disse à Agência Efe que a decisão do COI representa “uma conquista do rugby mundial” que dará um forte estímulo ao esporte no país diante da esperança entre os jogadores de atuar na Olimpíada.

“O grande desafio é começar a formar os jogadores para 2016 e os Jogos futuros”, segundo Rizzo, fora o estímulo de a competição ser no Rio de Janeiro, o que “facilitará” todo o trabalho.

A opinião foi compartilhada pelo argentino Gustavo Mariasis, treinador da equipe da capital brasileira. Para ele, o rugby está “perante um momento sem igual em sua história”, que finalmente “o consagra no grande âmbito do esporte mundial”.


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Rugby brasileiro se empolga com confirmação nos Jogos de 2016