Uma noite íntima à luz de velas, lençóis com matéria prima de bambu e preservativos produzidos a partir de tripas de carneiro. Parece até cenário do filme Lagoa Azul ou o local ideal para um clímax entre hippies nos anos 60. Certo? Errado. Tudo isso faz parte da nova tendência entre ecologistas e defensores da natureza que buscam o prazer sexual com o menor impacto possível ao meio ambiente.

A moda começou no final do ano passado quando o Greenpeace lançou o guia do “sexo verde“, um roteiro com dicas para os mais preocupados com a saúde do planeta. O primeiro mandamento do sexo ecologicamente correto diz que os amantes devem apagar a luz para que seja “possível começar uma revolução energética da sua cama”.

Os alimentos afrodisícos são abordados no segundo mandamento do decálogo. A ONG orienta que os amantes utilizem frutas como o guaraná, cerejas e framboesas com procedência orgânica e livres de pesticidas. Ostras, mariscos e camarões também não são recomendados. “A pesca destes animais está destruindo os oceanos em um âmbito nunca visto”, diz o Greenpeace.

Em tom sério-descontraído, a ONG atenta para até para a procedência da madeira com que é feita a cama e recomenda: banhos em conjunto evitam o desperdício de água.

Desde então, novas vertentes do sexo ecologicamente correto têm sido aprimoradas pelos ecologistas. Algumas mais radicais, outras nem tanto.

Para quem não é ávido por transar no completo escuro são aceitas as velas de parafina. Elas podem apimentar o clima romântico, esquentar um ambiente mais frio e, é claro, reduzir a conta de energia.

Para aumentar a fluidez, a dica é utilizar lubrificantes naturais à base de água. Nessa área, há opções com cheirinhos de lavanda, limão, rosas e canela. Para o Greenpeace, a vaselina deve ser passar longe da relação sexual, uma vez que ela é feita à base de petróleo. A ONG destaca ainda que a saliva pode ser muito útil para resolver o assunto.

No entanto, o Greenpeace não toca na questão dos vibradores. Mas, ambientalitas defendem os modelos com pilhas recarregáveis ou movidos à energia solar. É mole?

Por fim, para evitar a gravidez indesejada após uma noite tão exótica…use camisinha! Como os tradicionais modelos feitos de látex demoram cerca de 300 anos para se decompor, a solução são as alternativas feitas com tripas de carneiro. Elas já existem há séculos e irritam bem menos a pele, especialmente de quem é mais sensível. Ela também proporciona maior sensibilidade. O problema é que o material é poroso e não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, há quem se preocupe com o destino não-habitual dos carneiros. Neste caso, o jeito é voltar atrás e recorrer ao modernos e baratos modelos de látex.


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Sexo ecológico: a alternativa para os mais preocupados com a natureza

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