Além da substituição do vestibular tradicional pelo novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o Ministério da Educação (MEC) anunciou a proposta de uma reestruturação radical no ensino médio.
Mas antes que algo aconteça é preciso a aprovação do Conselho Nacional  de Educação que deverá acontecer no máximo até julho.


 


O QUE VAI MUDAR?
O Governo quer acabar com divisão por disciplinas. Em vez das doze matérias atuais, o currículo seria baseado em quatro grandes blocos: línguas, matemática, humanas e exatas/biológicas e a inclusão de atividades práticas para complementar o aprendizado. Outra orientação é valorizar as atividades artísticas e culturais.


 


A carga horária passaria das 2.400 horas (quatro aulas diárias) obrigatórias atuais para 3.000 horas (cinco aulas diárias).


 


POR QUÊ?
Para despertar um envolvimento maior dos estudantes pela escola e, assim, melhorar a qualidade do ensino. Já que o ensino médio é considerado a etapa escolar em pior situação: 60% dos alunos estão em escolas abaixo da média nacional.



Pesquisas apontam que o atual modelo é desinteressante para os jovens, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares. Os jovens não vêem utilidade no currículo atual.


 


DEPENDE DE QUEM?
Primeiro o Conselho Nacional de Educação precisa aprovar o projeto e inclusive,já anunciou que promete organizar audiências públicas para discutir o novo modelo de ensino médio. Depois o programa será oferecido aos governos estaduais.



AS ESCOLAS SERÃO OBRIGADAS A ADERIR?
As escolas terão autonomia para montar seus currículos, mas terão que seguir as diretrizes federais e uma base comum. Podem também decidir para que lado irá mais o foco do currículo (cultura, ciência, trabalho e tecnologia).



Como o governo federal não pode impor o novo sistema, sua introdução deve acontecer através de incentivos financeiros e técnicos do MEC aos Estados.


 


VALE PARA AS ESCOLAS PARTICULARES OU SÓ PARA PÚBLICAS?
Não, a mudança é só para o ensino público do País.


 


QUEM TEM PRIORIDADE?
Depois de aceito o novo projeto, os incentivos serão destinados prioritariamente às 100 escolas com as piores notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).


 


QUANDO SERÁ IMPLEMENTADO?
O plano é começar a introduzir o novo sistema em 2010, em algumas escolas, em caráter experimental. A rede toda deve incorporar as mudanças a médio prazo.


 


QUAL É A RELAÇÃO COM O ENEM?
O modelo da prova é semelhante à proposta de mudança no currículo do ensino médio. Não há divisão clara de disciplinas.  As mudanças são complementares, a alteração no currículo será refletida no que o Enem vai cobrar.



A escola deixa de ser um auditório da informação e passa a ser um laboratório de aprendizagem. É o fim da decoreba e o começo da prioridade as capacidades de resolver questões do dia-a-dia dos alunos.


 


QUANTOS SERÃO ATINGIDOS?
Ao todo 8,4 milhões de alunos é o percentual de jovens entre 15 e 17 (idade para o ensino médio).


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