Em discurso de posse neste sábado (09/05), Jacob Zuma, quarto presidente da história democrática da África do Sul, se comprometeu a trabalhar com firmeza e entusiasmo para melhorar a vida de todos os sul-africanos, especialmente os mais desfavorecidos.

Em um grande ato com a presença de 29 chefes de Estado e de Governo, Zuma, líder do governante Congresso Nacional Africano (CNA), de 67 anos, tomou posse diante do chefe do Poder Judiciário da África do Sul, Pius Langa, após a vitória eleitoral de seu partido nas eleições gerais de 22 de abril.

Em seu juramento, Zuma disse que assumia o cargo de presidente da África do Sul para “manter a lei e a Constituição” e “defender e promover os direitos de todos os sul-africanos”.

“Que Deus me ajude”, disse na conclusão, e depois os presentes iniciaram uma forte ovação.

Na cerimônia, estiveram em postos preferenciais os três anteriores presidentes da África do Sul: o prêmio Nobel da Paz e primeiro chefe do Estado negro do país, Nelson Mandela, seu sucessor, Thabo Mbeki, e Kgalema Motlanthe, que ficou apenas oito meses no cargo.

Como primeira-dama – já que não se sabia qual esposa de Zuma assumiria o posto -, esteve na tribuna presidencial a primeira mulher do novo presidente, Sizakele Khumalo, com quem o novo líder está casado desde 1960, mas tem outras três esposas.

Depois da posse formal, vários helicópteros militares, com a bandeira da África do Sul, sobrevoaram os edifícios governamentais de Pretória, onde aconteceu o ato, e o hino nacional foi executado enquanto se disparavam salvas de ordenança.

Zuma agradeceu o trabalho de seus antecessores, começando por Mandela e o último governante do “apartheid”, Frederick de Klerk, que acabaram com o regime de segregação racial em 1994.

O novo presidente disse que, agora, a África do Sul está “em um momento de renovação” e ressaltou que o país está “unido em um desejo comum de uma vida melhor”, e para isso prometeu trabalhar, especialmente para os pobres, que após 15 anos de democracia continuam sendo grande parte dos cerca de 50 milhões de habitantes.

Zuma disse que “os alicerces da economia sul-africana são sólidos” para ir adiante, apesar da crise econômica mundial, e afirmou que, com a Copa do Mundo de 2010, o país “oferecerá um evento de categoria mundial” e mostrará sua força e desenvolvimento.

No âmbito internacional, disse que, em suas relações multilaterais e bilaterais, o país lutará, entre outros, para a erradicação da pobreza no mundo e a promoção da paz, da segurança e da estabilidade, especialmente no continente africano.


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Zuma toma posse como presidente e promete vida melhor aos sul-africanos