Depois de ter circulado na imprensa a informação que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria batido o martelo e escolhido o caça francês Rafale, da Dassault, como parte do projeto para reaparelhar da frota da Força Aérea Brasileira (FAB), o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, desmentiu o fato, de acordo com a agência de notícias EFE.

“Não há nada definido. O processo está em andamento. A notícia não tem fundamento”, declarou o ministro em entrevista coletiva. O avião de Dassault concorre com o F-18 da empresa Boeing (EUA) e o Gripen NG, da Saab (Suécia) em uma licitação para o fornecimento de 36 caças-bombardeiros para a Força Aérea Brasileira.

A companhia francesa reduziu o custo da operação de US$ 8,2 bilhões para US$ 6,2 bilhões, soma que continua sendo superior às ofertas dos dois concorrentes. Além do custo do pacote de aviões, armas, logística e custo de transferência tecnológica, a Dassault estimou que a manutenção dos aviões por 30 anos custará US$ 4 bilhões. A Força Aérea Brasileira também nega que a decisão já tenha sido tomada.

Em setembro do ano passado, Lula esteve com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e anunciou a intenção de comprar os aviões franceses. Com a justificativa de uma “parceria político-estratégica”, o governo brasileiro colocou em segundo plano a viabilidade econômica e técnica do negócio. Por outro lado, a França é um dos poucos (talvez o único) países que apoia a inclusão do Brasil no Conselho de Segurança permanente da Organização das Nações Unidas (ONU).


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Ministro nega que Lula tenha escolhido caça francês