Mesmo em um ano considerado de crise, 2009 fechou com um novo recorde em volume de operações de crédito. De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira pelo Banco Central, o estoque de dinheiro emprestado cresceu 1,6% em dezembro, em relação ao mês anterior, e chegou a R$ 1,41 trilhão. Durante os 12 meses do ano passado, o crescimento acumulado foi de 14,9%.

O segmento de crédito direcionado, que inclui os financiamentos habitacionais, rurais e do BNDES, avançaram 3,2% em dezembro e 28,4% em 2009. Já os empréstimos de recursos livres, onde entram a maior parte das linhas de pessoa física e jurídica, a expansão mensal foi de 0,8% e anual de 9,4%.

Apesar do crescimento em volume, houve uma pequena redução na representatividade do crédito em relação ao PIB, caindo de 45,1% em novembro para 45% em dezembro. No entanto, essa mesma relação era de 39,7% no final de 2008.

Segundo o BC, os juros médios do cheque especial encerraram 2009 com a menor taxa desde maio de 2008, em 159,1% ao ano. Mesmo com essa redução, essa segue sendo uma das opções com a maior taxa do mercado. Durante o ano passado, o valor médio caiu 15,8 ponto percentual ao ano.

No caso do empréstimo pessoal houve um ajuste para cima dos juros, fechando em 44,4% ao ano, contra 43,6% anual registrado em novembro passado. No entanto, no acumulado de 2009 a redução foi de 16 pontos percentuais. Na modalidade de compra de carros, o juros médios ficaram em 25,4% ao ano.

Na média, os empréstimos para pessoas físicas tiveram em 2009 a menor taxa da história, 42,7% ao ano. Esse é o menor nível desde 1994, quando em novembro ficou em 43% ano. Em dezembro de 2008, a taxa média para pessoa física era de 57,9% a.a.


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Oferta de crédito cresceu 14,9% em 2009, aponta Banco Central

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