O papa Bento XVI disse hoje que “o amor ao próximo não pode ser delegado” e que o “Estado e a política”, apesar de seus esforços para assegurar o bem-estar, “não podem substituí-lo”.

A afirmação do pontífice foi feita durante uma audiência com membros e voluntários da Defesa Civil italiana, na qual elogiou o trabalho da instituição e definiu seus integrantes como “pessoas que ajudam a delinear a face humana e cristã da sociedade”.

Bento XVI lembrou uma passagem de sua primeira encíclica – “Deus caritas est” (“Deus é amor”), de 2006 -, na qual dizia que “o amor sempre será necessário, inclusive na sociedade mais justa”.

“Sempre existirá o sofrimento que precisa de consolo e ajuda. Sempre existirá a solidão ou situações de necessidade material nas quais será indispensável uma ajuda na linha de um amor concreto do próximo”.

Essas circunstâncias, destacou o papa, sempre vão requerer “compromisso pessoal e voluntário”.

“Sem o voluntariado, o bem comum e a sociedade não conseguem perdurar, já que seu progresso e sua dignidade dependem, em grande medida, daquelas pessoas que fazem mais do que é seu estrito dever”, concluiu o pontífice.


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Papa diz que amor ao próximo não pode ser substituído pelo Estado