O presidente em exercício da Agência Nacional de Saúde, Alfredo Cardoso, assegurou nesta terça-feira (12) que não haverá reajuste para os planos de saúde particulares com as mudanças na regulamentação do setor, mesmo que as novas regras contenham a inclusão de 70 novas coberturas médicas e odontológicas. Isso se dá porque, em maio, serão anunciadas mudanças na cobrança, que entram em vigor no próximo dia 7 de junho.

Em 2008, explicou ele, a ANS já havia anunciado a inclusão de 150 novos procedimentos, o que não impediu o reajuste de 6,76%, sendo 1% referente ao aumento na cobertura. As medidas vão beneficiar quem contratou o plano desde 2 de janeiro de 1999 (mais de 44 milhões de brasileiros), e Alfredo Scaff, secretário executivo da agência, mencionou que, para o restante da população, vale o que foi firmado no contrato.

Os oito milhões de brasileiros que ainda possuem planos antigos foram aconselhados a fazer a migração e Scaff lembrou que as mudanças foram discutidas por um grupo de 60 pessoas. Entre os procedimentos incluídos agora estão o transplante de medula óssea de pessoa viva, cirurgia necessária para o tratamento da leucemia.

As novas regras ampliam ainda a cobertura nas áreas de fonoaudiologia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional, permitindo que os clientes de planos básicos tenham 40 consultas com psicólogos por ano, e não mais apenas 12. As passagens pelo fonoaudiólogo sobem de seis para 40 e as com nutricionistas e terapeutas ocupacionais, de 6 para 12. Cai ainda o limite, atualmente de 180 dias, para a internação com o objetivo de recuperar a saúde mental.


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Para ANS, preço de planos de saúde não deve subir