O sonho da maioria dos vestibulandos é estar no concorrido banco das universidades públicas, mas nem sempre isto é possível. Seja pela baixa oferta de vagas nestas instituições, seja pela dificuldade de acesso ao campus pretendido. Nestes casos a opção é a graduação particular. Aí vem o maior problema: como pagar?

Para quem não tem condições financeiras para bancar uma faculdade particular, já existe algumas saídas oficiais. Duas das mais conhecidas são o já famoso Programa Universidade para Todos, ProUni para os mais familiarizados, e Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Há quem confunda estas duas iniciativas governamentais coordenadas pelo Ministério da Educação (MEC), mas cada programa tem as suas particularidades.

O ProUni, criado em 2004, tem por finalidade a concessão de bolsas de estudos parciais ou integrais, dependendo da renda familiar, por pessoa, do candidato. Para participar deste programa a renda máxima do candidato não pode ultrapassar três salários mínimos por integrante da família e o aluno tem de ter estudado o ensino médio em escolas públicas ou em instituições particulares com bolsa integral.

Para quem não atende a estes requisitos e não tem grana para bancar a faculdade, ainda há a alternativa do Fies. Este programa é um financiamento, ou seja, ao final da graduação o aluno terá de pagar o valor financiado e o juros é de 3,4% ao ano para todos os cursos. Antigamente, havia um produto similar conhecido como Crédito Estudantil.

Desde sua criação, estes programas já beneficiaram muitas pessoas. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação Superior (Sesu), o ProUni já contemplou 704 mil estudantes e o Fies, até o final do ano passado, atendeu 562 mil pessoas. Daniela Bratti, formada em jornalismo, conseguiu uma bolsa integral pelo ProUni no primeiro ano de funcionamento do programa. “Estava meio desconfiada quando me inscrevi, já que quando a esmola é demais o brasileiro desconfia. Porém, me surpreendi quando consegui a bolsa “, comenta Daniela.

Estes programas vêm para dar aquela mãozinha para quem não tem como pagar a graduação. O Fies, criado em 1999, sofreu algumas mudanças que começam a valer para os alunos que ingressarem no programa a partir do segundo semestre deste ano. As alterações mais significativas são as que dizem respeito à taxa de juros, que diminuiu de 6,5% para 3,4% ao ano, e ao tempo para quitar a dívida que antes de duas vezes a duração do curso, agora será de três vezes.

Com estas medidas o MEC pretende incentivar o uso do financiamento. Hoje o número de alunos inadimplentes não passa de 12%, segundo Rúbia Baptista, assessora da Sesu, este número não é considerado alto.


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ProUni e Fies: alternativas para quem não tem como pagar a faculdade