A Biblioteca Britânica começa um ambicioso projeto para criar um arquivo no qual será guardada uma cópia de todas as páginas do Reino Unido na internet para que possam ser consultadas pelas gerações futuras.

A partir da  meia noite de 06 de abril e durante o prazo de um ano começarão a ser armazenadas cópias de 4,8 milhões de páginas da internet, segundo o centro público, entre páginas institucionais, blogs, domínios locais e inclusive fóruns, para mostrar uma visão da sociedade atual a futuros pesquisadores.

“Admito que é um projeto realmente ambicioso. Não vamos discriminar entre as páginas, incluiremos todas as que atualmente estiverem no Reino Unido”, explicou à “Agência EfeRichard Gibby, porta-voz da instituição.

Com o prestigiado centro londrino colaborarão as bibliotecas nacionais da Escócia e País de Gales, as das universidades de Cambridge e de Oxford e o Trinity Collegue de Dublin.

Para antecipar esta ideia, os seis equipes – um por cada centro – que desenvolverão o programa iniciarão um complexo sistema de informática a partir de meia-noite, momento no qual entra em vigor um novo marco legal que lhes permite obter uma cópia sem contar com o consentimento dos donos das páginas.

“Até agora era necessário pedir permissão ao proprietário e, no caso de conteúdo de terceiros, precisava contar ainda com a autorização deste, tudo era muito complicado e demorava muito”, comentou Gibby.

O tempo é algo que obceca a Biblioteca Britânica, que procura incorporar toda a informação possível de cada site a seu catálogo antes que expire o tempo médio de vida de uma página – 75 dias -, uma contagem regressiva contra a qual um amplo elenco lutará.

“Pode se dizer que toda a Biblioteca está envolvida no projeto, já que, além de uma equipe específica, contamos com o apoio do serviço de operações técnicas e de manutenção”, afirmou Gibby.

Agora não será pedida permissão, mas os donos serão informados; apesar de a Biblioteca Britânica pretender se dirigir a eles por escrito de forma individual, o volume de domínios faz com que provavelmente recebam simplesmente a mensagem automática do programa que obterá as cópias.

O porta-voz do centro reconhece que esse sistema pode gerar controvérsia, por isso que esclareceu que só serão registrados conteúdos que tenham sido expostos em páginas públicas e com o consentimento expresso de seu autor.

“Não tem nada a ver com a informação que podemos compartilhar em redes sociais, onde publicamos dados pessoais dentro de um grupo muito concreto de privacidade”, disse.


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Biblioteca Britânica começa a arquivar páginas da internet