A grande castanheira de Anne Frank caiu nessa segunda-feira (23) durante uma forte tempestade que atingiu Amsterdam, Holanda.

A árvore, que tinha 150 anos de vida, foi o consolo para Anne Frank enquanto ela se escondia dos nazistas em um sótão durante a Segunda Guerra Mundial. Pelas janelas blindadas e lacradas, a castanheira era uma das poucas visões da garotinha, autora do famoso diário.

A diretora de comunicação do Museu Casa de Anne Frank, Maatje Mostard, comentou à Radio Netherlands que “a árvore é importante para a Casa de Anne Frank porque era a única natureza que Anne Frank via durante o tempo em que esteve escondida na casa”.

Em uma das passagens do livro em que cita a árvore, Anne Frank escreve: “Nossa castanheira floresce de novo, está cheia de folhas e está muito mais bonita do que no ano passado”.

Sobreviveu à guerra, mas não aos fungos que a consumiam. Em 1993 foi detectada uma doença em seu tronco, e o tratamento durou até 2006, quando o governo holandês decidiu cortá-la. Como a pressão internacional foi muito grande, acabaram criando uma estrutura para mantê-la de pé e tentar recuperar a saúde.

A árvore continuou doente e frágil. Por isso foram plantadas mudas de suas sementes para que o legado da castanheira que serviu de conforto para Anne e milhões de leitores não morresse.

Horas após a queda do castanheiro surgiram anúncios na internet vendendo pedaços da castanheira, mas nenhum é garantido de ser verdadeiro.

O futuro da castanheira e do local onde ela viveu agora vai ficar nas mãos do dono da casa vizinha a de Anne Frank. Se quiser, ele poderá plantar uma das mudas da árvore original.


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Cai a árvore de Anne Frank em Amsterdam