Caroline Bittencourt


Créditos: Thiago Oliveira

Quem?!?! Modelo, atriz e repórter

PROGRAMA AMAURY JR.
Emílio: Aqui está, no Pânico!, Caroline Bittencourt. Paulistana, modelo, atriz e repórter do programa “Amaury Jr.”…
Caroline Bittencourt: Não sou mais repórter do Amaury Jr.
Emílio: Como não? Sério?
Caroline Bittencourt: Sério, saí no começo do ano. O ”Carioca” me dispensou, daí eu não estou mais lá.
Emílio: Sério, Caroline?
Caroline Bittencourt: Na verdade, foi super gostosa a participação que eu fiz no Amaury. Fiquei um ano lá e aprendi muita coisa, porque o Amaury, na verdade, está na televisão há muito tempo e tem muita coisa para ensinar não só pra mim como pra todas as pessoas. Então, foi super gostoso, mas, enfim, estava querendo fazer outras coisas, dar andamento em outros projetos meus, só que não estava dando para conciliar junto com o programa do Amaury.

MARCHA DAS FAMINTAS
Emílio: Mas a Caroline veio aqui para divulgar uma manifestação chamada “A Marcha das Famintas”
Bola: Ela que ta liderando a “bagaça”!
Emílio: Que é para alertar a população sobre transtornos alimentares.
Bola: Boa! Muito bom!
Emílio: Não é isso?
Caroline Bittencourt: Exatamente.
Emílio: E vai ser hoje às 4 e 30 da tarde.
Caroline Bittencourt: Onde?
Emílio: Concentração em frente a Associação Atlética Acadêmica Osvaldo Cruz… Que eu não faço ideia onde seja.
Caroline Bittencourt: Ali, no Hospital das Clínicas, uma das saídas do Hospital das Clínicas.
Emílio: Entendi. Rua Artur Azevedo, em Pinheiros, em frente ao Hospital das Clínicas. É de lá que sai.
Caroline Bittencourt: Sim. Lá a gente vai fazer uma concentração, vai encontrar um pessoal… Tá todo mundo convidado, não são só mulheres…
Pior: Vai ter um lanche!
Caroline Bittencourt: É, tem que ter um lanche para matarem a fome.
Emílio: Mas o que você é dessa campanha?
Caroline Bittencourt: Então, na verdade, eu me juntei às meninas da Risca (Rede de Incentivo à Saúde, Satisfação Corporal e Alimentar), que são meninas super ativistas que há muito tempo conversam sobre os transtornos alimentares e tentam, de alguma forma, divulgar o assunto. Porque, apesar de estar na moda falar sobre anorexia, por exemplo, pouca informação condizente é transmitida. E meu interesse a esse assunto surgiu devido a muitas coisas. Eu queria fazer uma peça de teatro cujo tema seria a anorexia. E estudando a esse respeito eu descobri que no Brasil tem pouco tratamento para isso. O único lugar, de respeito, que trata meninas com transtornos alimentares é o “Ambulin”, que é ali no Hospital das Clínicas, só que dispõe de apenas dez vagas e o governo ainda não se ateve a aumentar este número de vagas nem lá ou em outras instituições. E essas dez vagas são para a América Latina, não só Brasil. E o número de casos de anorexia tem aumentado muito, só que as pessoas não possuem esses dados concretos, porque não são feitas pesquisas de fato no Brasil. Uma pesquisa na Argentina revelou que nos últimos cinco anos houve um aumento de 500% o número de casos de anorexia.

ANOREXIA
Caroline Bittencourt: As pessoas possuem uma ideia muito errada sobre o que é anorexia e falam que está mais ligada às modelos. Mas não é assim. As meninas que estão internadas…
Emílio: E homem também tem.
Caroline Bittencourt: Homem também tem, mas a porcentagem é menor.
Emílio: Sim. É da grandeza de quatro mulheres para um homem.
Caroline Bittencourt: É, dizem que são 10% do número total de meninas. Mas também houve um aumento com relação ao sexo masculino. E o que me chama mais atenção é que essas pessoas não se identificam com a anorexia, acham que estão fazendo uma dieta inofensiva, porque acham que anorexia é só aquele estágio extremo de magreza. E isso eu acho que é a maior dificuldade mesmo, das pessoas se assumirem, do preconceito que a sociedade possui, dizendo que é uma futilidade ao invés de encarar o problema como uma doença séria – inclusive, o índice de morte é o maior dentre as doenças mentais.
Emílio: Agora, me diz uma coisa. A gente sempre ouve falar sobre bulimia e anorexia, mas e a obesidade? Também é um transtorno alimentar?
Caroline Bittencourt: Também é um transtorno alimentar.


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Caroline Bittencourt