Pelo menos 18 pessoas morreram neste domingo em confrontos entre as forças de segurança e opositores durante a jornada eleitoral em Bangladesh, que teve que ser suspensa em 160 centros de votação devido a diferentes ataques, informou a imprensa local.

Os colégios eleitorais abriram suas portas às 8h locais e fecharam às 16h (0h e 8h de Brasília no horário de verão) de ontem (5), como estava previsto.

As mortes são de 17 ativistas da oposição – que boicotou as eleições gerais e organizou uma greve nacional – em enfrentamentos com policiais e de um funcionário eleitoral em um ataque a um centro de votação.

Com isso, já passa de 160 o número de pessoas que morreram desde novembro no país em casos de violência ligados à política.

A atual primeira-ministra, Sheikh Hasina, ganhará o pleito, devido em grande parte ao boicote da principal legenda da oposição, o Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP), de Khaleda Zia, que denunciou estar em prisão domiciliar.

Hasina e Zia se alternaram no poder nas últimas duas décadas e são inimigas.

O BNP, que lidera uma coalizão de 18 partidos políticos, anunciou há semanas que boicotaria o pleito, por isso não houve votação de 153 das 300 cadeiras parlamentares.

O partido opositor pede o cancelamento das eleições por seu desacordo com a criação de um governo interino liderado pela legenda governante Liga Awami, de Hasina.

A lei estabelecia a criação de um governo interino formado por todos os partidos para supervisionar o pleito, mas Hasina modificou a legislação em 2011 e agora controla o processo eleitoral.

Os Estados Unidos e a União Europeia não enviaram observadores para a eleição de hoje.


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Dia de eleição em Bangladesh tem 18 mortos em confrontos