José Augusto Dias Júnior

Quem?!?! Escritor, mestre e doutor

CONTOS DO VIGÁRIO
Emílio: Como surgiu a ideia pra esse livro?
José: Todo historiador é curioso, então um dia começou a me passar pela cabeça a seguinte coisa: Que tipo de golpe era aplicado em São Paulo, no Brasil, há cinqüenta, setenta ou sessenta anos atrás? Será que eram os mesmos? Será que eram outros? Aí a coisa ficou irresistível, eu tinha que pesquisar, eu tinha que saber. Aí fui à luta, comecei a pesquisar arquivos, jornal e tudo mais. E descobri que a história da vigarisse é muito mais interessante e surpreendente do que a gente imagina. Tem de tudo.

BILHETE PREMIADO
José: Tem um golpe que eu acho notável pela antiguidade dele e pela atualidade. Eu acho que todo mundo já ouviu falar no conto do bilhete premiado. Em algum lugar hoje, agora, alguém deve estar tentando passar o conto do bilhete premiado. Adivinha quando começou esse golpe? Em 1934 já tinha gente aplicando esse golpe.
Emílio: Explica como acontece esse golpe.
José: É assim, você ta andando na rua de uma cidade grante, e tem um caipira, um sujeito deslocado que te pede ajuda. E te mostra um bilhete que realmente ta premiado. Em algum momento o caipira tem uma crise e resolve te vender o bilhete. Se o prêmio é de 500 mil reais, ele pede 200 mil. E as pessoas ficam alucinadas.

VANTAGEM
Emílio: Mas o que faz você cair no golpe é a ganância, você querer se dar bem, achar que vai levar vantagem.
José: Eu acho que isso vale pra 95% dos casos, não pra todos. Tem alguns casos em que o que fisga a vítima é o terror. É o medo.
Emílio: Que é aquele trote do seqüestro, né? Tem prêmios, recebe email de vírus.
José: Tem um email que ta passando muito agora. O título é “Aviso de depósito”, você pensa: Opa, alguém depositou na minha conta.


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José Augusto Dias Júnior

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