Subiu nesta quarta-feira para 104 o número de corpos de vítimas do naufrágio do navio turístico “Bulgária” que foram retirados das águas do rio Volga pelas equipes de resgate, informou Ministério de Situações de Emergência da Rússia, que entrou em luto nesta terça-feira.

Os mergulhadores que trabalham nas buscas ainda procuram outros 25 passageiros desaparecidos, e estão encontrando dificuldades em algumas partes da embarcação devido à forma como ela afundou, a cerca de 20 metros de profundidade e a três quilômetros de distância da costa, segundo agências de notícias russas.

Dos 104 corpos recuperados, 64 são de mulheres, 19 de homens e 21 de crianças. O número de passageiros resgatados com vida é 79. Segundo dados oficiais, no navio viajavam 208 passageiros.

As autoridades locais decidiram que os mergulhadores vão continuar os trabalhos de buscas até que comecem os de içamento do navio, adiados para a próxima semana.

Nesta quarta, um avião de transportou de São Petersburgo para Kazan – capital da república da Tartária, onde ocorreu a catástrofe – as equipes necessárias para içar a embarcação à superfície. Entre elas está um grupo de especialistas que retirou do fundo do mar o submarino nuclear “Kursk“, que naufragou em 12 de agosto de 2000 em um acidente no qual morreram seus 118 tripulantes.

Embora sejam cogitadas várias causas para o naufrágio do “Bulgária”, as autoridades confirmaram que o navio não possuía licença para transporte de passageiros, tinha um motor em más condições e manteve as janelas abertas durante a travessia, apesar das fortes ondas e das tempestades comuns no Volga, o rio mais caudaloso da Europa.

Por essa razão, a Justiça russa determinou a detenção de Svetlana Iniakina, diretora geral da Argorechtour, operadora de turismo que sublocava o navio de uma empresa que, por sua vez, o alugava de seu proprietário, a companhia “Kama River Shipping Company“. 


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Mergulhadores resgatam 104 corpos de vítimas de naufrágio no Volga

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