Apesar de ter sido eliminada ainda na primeira fase da Copa do Mundo de 2014, a Austrália conseguiu se consagrar campeã, mas no campeonato mundial de futebol de robôs, a chamada RoboCup, na qual venceu os alemães na categoria padrão.

Agora, após essa imponente vitória, a universidade australiana de Nova Gales do Sul (UNSW, na sigla em inglês) aguarda de braços abertos os campeões robóticos da RoboCup, a maior competição dessas máquinas que, assim como a Copa do Mundo, também foi realizada no Brasil e contou com 19 seleções de todo o mundo.

Na eletrizante final da competição, realizada na última quinta-feira, a seleção australiana, batizada como “rUNSWift“, derrotou o time HTWK, da universidade alemã de Leipzig, com uma goleada de 5 a 1.

“Infelizmente, durante a final, depois que nosso goleiro salvou uma tentativa, ele ficou caído e, enquanto tentava se recompor, tomamos o único gol ao longo de toda a competição”, disse Brad Hall, especialista em robótica da universidade australiana.

Os antigos campeões, os alemães de B-Human, que foram derrotados pelos australianos na semifinal, ficaram com a terceira colocação.

“A vitória no torneio e na demonstração ‘All-Stars vs Champions’ fecha com chave de ouro um grande ano”, explicou Hall em comunicado.

Ainda alheios às mordidas, às duras entradas e às simulações, os robôs deram uma exibição de ‘fair play’, embora muitas quedas tenham sido registradas, todas pela falta de equilíbrio. Neste caso, os construtores torciam para suas máquinas se recompor e, para isso, valia até mesmo uma ajudinha manual.

Os cientistas australianos, ao contrário da seleção de futebol, fizeram uma campanha irreparável na competição, tento em vista que a equipe rUNSWift anotou quase 40 gols e só levou um na final.

Apesar do grande desempenho, os cientistas australianos não descartam a possibilidade de uma renovação, já que “alguns dos integrantes mais veteranos da equipe devem se retirar da liga com um grande sorriso em seus rostos”.

“Aos novos integrantes, fica a responsabilidade de defender o título no próximo ano, na China”, enfatizou Hall ao falar das responsabilidades que a seleção robótica tem em seus ombros.

A RoboCup é dividida em quatro categorias, a padrão, na qual competiram os jogadores robóticos australianos, além das de tamanho pequeno, médio e a liga humanoide.

A categoria padrão da RoboCup obriga que todos os robôs sejam idênticos na forma e completamente autônomos, ou seja, não são operados externamente por seres humanos ou computadores.

Além disso, os cinco robôs de cada formação podem se comunicar com seus companheiros de equipe e receber a decisão dos árbitros através da comunicação sem fio, de acordo com as regras do jogo que se divide em dois tempos de dez minutos e que ocorre em um campo de 9 metros por 6 metros.

Para esta competição, a equipe de engenheiros informáticos da Universidade de Nova Gales do Sul, que compete no torneio desde 2003, elaborou 125 mil linhas de códigos para ajudar suas criações a levar o título.

Considerado um dos maiores eventos tecnológicos internacionais, a RoboCup foi criada no Japão, em 1997, com o propósito de formar uma equipe de robôs capaz de vencer a seleção campeã da Copa do Mundo “humana” antes de 2050.


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Na Copa do Mundo dos robôs, Austrália vence Alemanha de goleada