Jesus nasceu em Belém no ano 15 do império de Tibério César, e seu nascimento virginal “não é um mito, mas uma verdade”, afirma Bento XVI em seu livro “A infância de Jesus”, apresentado nesta terça-feira (20) no Vaticano e a partir desta quarta nas livrarias de 50 países.

“É certo que Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo e nasceu de santa Virgem Maria?. Sim, sem reservas”, diz o pontífice, que ressalta que há dois pontos na história de Jesus nas quais a ação de Deus intervém diretamente no mundo material, no parto de Nossa Senhora e na Ressurreição no Sepulcro, “no qual não permaneceu nem sofreu a corrupção”.

Bento XVI ressalta que se a Deus só é permitido atuar na esfera espiritual, e não na material, “então não é Deus”, mas que Ele tem esse poder.

“A infância de Jesus”, terceiro livro da trilogia de Joseph Ratzinger-Bento XVI (são usados os dois nomes, já que a começou como cardeal) sobre Jesus, foi editado em nove idiomas, entre eles o português.

O livro, de 176 páginas, tem um prólogo do papa e está dividido em quatro capítulos e um epílogo. O primeiro capítulo é dedicado à genealogia do Salvador nos evangelhos de Mateus e Lucas, ambos muito diferentes, segundo o papa, mas com o mesmo significado teológico-simbólico: a colocação de Jesus na história.

O segundo capítulo fala do anúncio do nascimento de João Batista e de Jesus, e no mesmo Bento XVI escreve que lendo o diálogo entre Maria e o anjo Gabriel, se vê como Deus através de uma mulher busca “uma nova entrada no mundo”.

O terceiro capítulo aborda o nascimento em Belém e ao contexto histórico do nascimento de Jesus, o império romano que sob Augusto se estende entre Oriente e Ocidente e que com sua dimensão universal “permite a entrada no mundo de um portador de salvação universal”.

O quarto capítulo trata dos Reis Magos. No texto, o papa reconstrói uma ampla gama de informação histórico linguística e científica.

No epílogo, Bento XVI lança mão do Evangelho de Lucas e conta o último episódio da infância de Jesus, a última notícia que se têm dele antes do início de sua vida pública com o batismo nas águas do rio Jordão. Trata-se do episódio de três dias durante a peregrinação da Páscoa, na qual Jesus, com 12 anos, se afasta de Maria e José e permanece no Templo de Jerusalém debatendo com doutores da Lei.


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Papa diz que nascimento virginal de Jesus "não é um mito, mas uma verdade"