O regime comunista da Coreia do Norte denunciou nesta terça-feira a “crise” dos esportes minoritários, concretamente o halterofilismo, na Europa e na América do Norte, em um incomum editorial jornalístico orientado a criticar o “depravado sistema capitalista” do Ocidente.

“As promessas do halterofilismo dificilmente podem desenvolver seus talentos”, assegura a agência estatal “KCNA”, nos países do Ocidente, nos quais “o progresso esportivo depende do mercado” e “ganhar dinheiro é considerado mais importante que mostrar a honra da nação”.

O meio norte-coreano argumenta, para defender sua tese, que nos Mundiais de Halterofilismo de 2013, realizados no mês passado em Wroclaw (Polônia), nenhum levantador dos EUA, Reino Unido, Canadá, França ou Itália conquistou algumas das 135 medalhas distribuídas..

Nesta competição, a Coreia do Norte conquistou um ouro e cinco pratas que lhe deram o terceiro posto no quadro de medalhas, atrás da Rússia e China, e os seguintes quatro lugares foram ocupados por outros países asiáticos.

Quanto aos Jogos Olímpicos, o editorial da “KCNA” lembra que “a última vez que os EUA ganharam um ouro em levantamento de pesos foi em Roma 1960”, enquanto o Reino Unido não consegue a medalha dourada desde 1896.

Tal situação “é uma tragédia produzida pelo depravado sistema capitalista no qual o dinheiro decide tudo”, conclui.

Por este motivo, explica a “KCNA”, o Ocidente “carece de um sistema adequado para desenvolver o halterofilismo” e cita as declarações de um ex-treinador americano ao assegurar que “ninguém pode viver de levantar pesos” nos Estados Unidos.

Não é habitual que a imprensa norte-coreana, centrada habitualmente em elogiar o regime comunista e seus líderes, façam este tipo de análise sobre política e esporte em países estrangeiros.


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Pyongyang atribui a "crise" do halterofilismo no Ocidente ao capitalismo

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