As Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (24) 16 pessoas, cinco delas servidores do INSS, acusadas de participar de uma rede que falsificava dados para se fazer passar por familiares de vítimas de acidentes aéreos e cobrar pensões.

A PF executou 16 dos 17 mandados de prisão preventiva decretados pelas autoridades do Rio de Janeiro, enquanto um dos suspeitos permanece foragido.

Além disso, foram executadas 28 ordens de busca e apreensão de documentos como parte das operações “Miragem” e “Caixa-Preta“, lançadas para desarticular quadrilhas cujas fraudes são calculadas em R$ 3 milhões.

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A rede, composta por quatro células independentes que interagiam entre elas, falsificava identidades de supostos dependentes das vítimas de alguns dos recentes acidentes aéreos ocorridos no Brasil.

Segundo um comunicado, os fraudadores utilizaram, entre outras, vítimas que não deixaram dependentes da tragédia entre um avião executivo americano e uma aeronave de passageiros da Gol na Amazônia, que causou a morte de 154 pessoas em 2006.

Os supostos integrantes da quadrilha também se aproveitaram da colisão do Airbus da TAM que em 2007 deixou 199 mortos no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e da queda de um avião da Air France no oceano Atlântico em 2009, no qual morreram os 228 ocupantes da aeronave.

As operações, realizadas em colaboração com o Ministério Público Federal e o Ministério da Previdência Social, foram iniciadas após um ano de investigações de solicitações de benefícios suspeitas.

As autoridades identificaram no total 160 benefícios fraudulentos ou com “graves indícios de irregularidade”. 


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Quadrilha que usava acidentes aéreos para obter pensões ilegais é descoberta