Protesto contra assassinato de Victor Hugo Deppman


Créditos: Taiz Dering

Augusto César Brasil Lopes, o Gutinho, 21 anos, era o melhor amigo do estudante Victor Hugo Deppman, 19, assassinado na frente do prédio onde morava, no Belém, em São Paulo, na última terça-feira (9).

Companheiro de turma do terceiro ano de Rádio e TV da Cásper Líbero, colega de trabalho na RedeTV e do time de futsal Inferno Vermelho, Gutinho diz que “ser feliz” é a maior lição deixada pelo amigo. “Eu ficava com ele mais que com meus pais, trabalhava, estudava, ele era do meu time. Eu tinha um contato bem grande com ele”, afirma.  

O amigo reuniu forças e sob o sol escaldante do meio-dia juntou-se a cerca de 500 pessoas, segundo a Polícia Militar, em um protesto nesta quinta-feira (11) na avenida Paulista, que começou e terminou na frente da Cásper. Balões brancos soltos no encerramento simbolizaram o clamor pela paz.

Como surgiu a ideia de fazer o protesto, foi uma coisa espontânea?

Foi uma coisa espontânea, o moleque que criou o barato disse: “não posso deixar passar barato, tenho que criar alguma coisa amanhã”, e resolveu fazer isso. Não teve uma organização em si, na verdade.

Você era bem amigo dele, né?

Eu ficava com ele mais que com meus pais, trabalhava, estudava, ele era do meu time. Eu tinha um contato bem grande com ele.

Como você acha que ele gostaria de ser lembrado?

Da forma como ele era, rindo, feliz sempre, a forma que ele quer que todo mundo lembre dele, veja ele, é assim.

Que lição que te deu e você vai sempre se lembrar?

Velho, falando assim, não sei, ser feliz. Ser lembrado como uma pessoa feliz, alegre. Às vezes num momento ruim, você acabar descontando em outras pessoas. Enfim, daqui para frente vou sempre tentar ser do jeito que ele era, que sempre foi.

Veja estudantes soltando balões ao fim do protesto: 


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'Vou sempre tentar ser do jeito que ele era', diz melhor amigo de estudante assassinado