Londres, 15 fev (EFE).- Desenhistas internacionais como Tom Ford e a cantora Rihanna roubaram o protagonismo dos clássicos britânicos na Semana da Moda de Londres, que começou nesta sexta-feira, um dia depois do fim dos desfiles de Nova York.

Apagadas as luzes da passarela na cidade americana, Londres passa a ser o foco de atenção da indústria com um total de 56 desfiles e 20 apresentações que mostrarão durante cinco dias as tendências para a próxima temporada de outono/inverno.

Às 10h local (8h, horário de Brasília) começou oficialmente a nova edição do evento – que durará até na terça-feira, dia 19 de fevereiro – com o desfile da jovem britânica Zoë Jordan, que vestiu famosas como a atriz Keira Knightley e a cantora Lady Gaga.

Apesar da semana da moda londrina sempre ter sido centrada em impulsionar a carreira dos novos talentos formados em escolas locais como a Saint Martins, neste ano o protagonismo recai sobre costureiros procedentes do outro lado do Atlântico.

É o caso do desenhista e diretor de cinema texano Tom Ford, cuja esperada coleção será apresentada – pela primeira vez dentro do calendário oficial – na próxima segunda-feira, um dos dias fortes da reunião londrina.

Tom Ford mostrará sua coleção depois do desfile de uma das assinaturas britânicas mais famosas, Burberry Prorsum, cujo desfile poderá ser assistido ao vivo através da internet, em outra aposta da empresa para abrir suas portas ao público através das novas tecnologias.

No domingo, será a vez de outra marca recém-chegada a Londres, a americana L’Wren Scott – atual namorada de Mick Jagger -, que nos últimos anos parou de desfilar em Nova York para fazer isso em Paris, epicentro da moda, e agora atraca na capital britânica.

Mas sem dúvidas, a coleção que mais criou expectativa nesta edição da passarela londrina é a colaboração da cantora Rihanna com a assinatura de River Island, desfile que acontecerá no sábado.

“Apresentar meu trabalho na Semana da Moda de Londres é um sonho que irá se tornar realidade. Mostrar minha coleção para River Island e fazer isso junto a todo os talento que são reunidos em Londres é um privilégio”, disse a cantora em janeiro.

O sabor britânico e alternativo que sempre caracterizou a semana da moda londrina segue, apesar de tudo, muito marcante com a presença de talentos emergentes já reconhecidos como JW Anderson, Mary Katrantzou, Peter Pilotto, Jonathan Saunders e Meadham Kirchhoff.

Após a apresentação da moda masculina em janeiro, o segundo grande evento do ano para a indústria da moda britânica não se esquece de outros nomes já consolidados como Paul Smith, Erdem, Mulberry, Preen, Matthew Williamson e Christopher Kane.

“A Semana da Moda de Londres é um vitrine deslumbrante para o talento britânico cuja importância cresceu durante os últimos anos”, afirmou o prefeito de Londres, Boris Johnson, segundo um comunicado do British Fashion Council (BFC), organizador do evento.

A nova edição da passarela londrina adquire um caráter mais cosmopolita e diplomático do que nunca ao criar um evento para que outros países como a Noruega, Vietnã e Uruguai apresentem os trabalhos de seus melhores desenhistas.

Por isso, um total de 27 embaixadas abrirão suas portas para que a imprensa britânica e internacional e o público contemplem as propostas de uma centena de desenhistas emergentes.

A organização prevê que mais de 5 mil pessoas assistirão a uma das reuniões mais cruciais do ano para a indústria da moda britânica, avaliada em 21 bilhões de libras (US$ 31,9 bilhões). 


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Começa Semana da Moda de Londres, que contará com Rihanna e Tom Ford