O ex-diretor artístico da Christian Dior, John Galliano, será julgado por ofensas antissemitas no próximo dia 22 de junho, informou à Agência Efe o escritório do advogado Aurélien Hamelle, que o defende no caso.

Galliano não compareceu à audiência de fixação da data, realizada nesta quinta-feira (12) no Palácio da Justiça de Paris, mas irá ao julgamento, segundo seu representante.

O acusado pode ser condenado a até seis meses de prisão e a pagar uma multa de 22,5 mil euros (cerca de US$ 33,3 mil) por ter insultado com expressões antissemitas e racistas um casal no terraço do bar La Perle, no bairro parisiense de Marais, no dia 24 de fevereiro deste ano.

A essa primeira denúncia foi acrescentada pouco depois uma segunda, de uma mulher que afirma ter sido agredida de forma similar em outubro do ano passado nesse mesmo bar, localizado próximo à residência do estilista.

Em 2 de março, a Promotoria de Paris acusou Galliano de “injúrias públicas contra pessoas por sua origem, por pertencer ou não a uma religião, raça ou etnia, proferidas contra três vítimas identificadas”.

A grife Dior, que a princípio suspendeu Galliano de suas funções como diretor artístico, iniciou os trâmites de sua demissão um dia depois de o jornal britânico “The Sun” ter divulgado pela internet um vídeo no qual o estilista, visivelmente embriagado, dizia “adorar Hitler” e elogiava suas práticas nazistas.

Um mês e meio depois do incidente, Galliano, de 50 anos, foi demitido também da grife que leva seu próprio nome, após decisão do Conselho de Administração da empresa, controlada 91% pela Christian Dior. 


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John Galliano será julgado por ofensas antissemitas e racistas

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