O jovem estilista brasileiro Pedro Lourenço apresentou nesta segunda-feira na Semana da Moda de Paris um desfile de olho no futuro, com ombros arredondados, transparências e cores, enquanto a britânica Stella McCartney destacou o azul mais vivo, com tons de rosa, preto e marrom em grande parte de sua coleção para o inverno 2012-2013.

A britânica e o brasileiro reuniram peças de diferentes cores e formas curvas para construir alguns modelos, uma tendência bastante em voga nestes últimos dias em Paris.

Filho de dois grandes estilistas, Glória Coelho e Reinaldo Lourenço, Pedro criou suas primeiras coleções aos 12 anos de idade e escolheu o centro de arte Le Laboratoire para mostrar suas ideias.

Ele as construiu reunindo texturas diferentes em uma mesma peça, brilhantes e opacas, com cortes de preto, azul, amarelo, verde e vermelho, sobre formas curvas e assimétricas.

Seu desfile, fechado com blusas e túnicas transparentes sobre pequenos vestidos e botas, ou sobre calças largas, contou com pouco mais de 12 modelos.

Outros grandes momentos do dia foram os oferecidos pelas silhuetas ultrafemininas de Giambattista Valli e sua paixão pela cor, e o aprimoramento do russo Valentin Yudashkin, tingindo de preto, azul escuro e cinza, ou de preto e dourado vestidos de renda estrategicamente transparentes.

Porém, as atenções estavam voltadas para a coleção Yves Saint Laurent (YSL), cujo desfile foi o último, produzido pelo costureiro italiano Stefano Pilati.

O uso de couro em casacos, jaquetas e também em blusas de manga curta e longa; e de calças até os tornozelos, com cintura quase sempre marcada, e a preferência do preto foram algumas das novidades do estilista.

Pilati também usou vermelho e verde escuros, e blusas, saias e vestidos sem mangas até os joelhos de malha verde e dourada, quase transparente, que deixavam as costas descobertas com uma cinta atravessada.

No último dia 27, a YSL confirmou a saída do italiano e assegurou que o nome do novo diretor artístico só seria divulgado nas “próximas semanas”. As redes sociais não deixaram de se agitar sobre o nome do sucessor.

A maior parte das apostas aponta para pelo menos dois nomes: o de Hedi Slimane, que já trabalhou na seção masculina da YSL, e o de Raf Simons, também presente nas listas de candidatos a dirigir a Christian Dior.

Na Maison YSL – propriedade do grupo de luxo francês PPR, como Gucci, Bottega Veneta, Alexander McQueen, Balenciaga e Stella McCartney -, não confirmaram nem desmentiram a possibilidade de um anúncio antecipado. 


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Pedro Lourenço brilha em Paris com Stella McCartney e Yves Saint Laurent