Ok, se você não foi ao Lollapalooza Brasil neste finde (28 e 29) deve estar de saco cheio de tanto que tem se falado do festival. Mas é que há razões pra este buchicho todo que vão muito além da bombação que a Rede Globo injeta no evento criado em 1991 pelo eterno Jane’s AddictionPerry Farrell.

Pros mais incrédulos, que torcem o nariz pro line-up que preza pelo que há de mais pop no momento, da música eletrônica ao indie, a gente separou as coisas mais legais do Lolla, lances que não envolvem música necessariamente. Este, que foi o quarto ano de Lolla Br, mostrou que o público tem curtido cada vez mais a experiência do festival em si e não apenas o ato de assistir aos shows. Vimos um povo pronto pra luta (leia-se pra chuva), incansável mesmo quando as distâncias entre os palcos cansam as pernas só de olhar.

1) DIVERSIDADE

Galeras diferentes convivendo numa boa. A gente viu de tudo neste finde no festival, hipsters ostentando suas barbonas, gatinhas neohippies, góticos, trans, bem nascidos, famosos, clones do Skrillex, cadeirantes (que transitavam por caminhos especiais montados sobre a grama), crianças e adolescentes. Brigas a gente não viu, mas lamentamos muito o fato de muitos celulares terem sido surripiados (de novo).

2) PROS BAIXINHOS

Seu filho gosta de música e não quer ficar com a babá em casa nem por decreto. Leve-o ao Lolla. No Kidzapalooza, palco montado especialmente para a criançada, eles podem assistir a shows especiais e ainda voltar pra casa com uma tattoo de mentirinha no corpo (com tinta atóxica, claro!), além de participar de atividades musicais conduzidas por uma escola de música. Pelo menos por enquanto, é o único festival no Brasil com um espaço voltado pros pequenos.

3) BRINDE DE LUXO

Você vai ao festival de mãos abanando e sai de lá carregando um vinil. Sério! No espaço Skol Live Vynil, o público podia escolher duas músicas de artistas do line-up, que eram gravadas na bolachinha 6 polegadas, prensada na hora. Para melhorar o brinde, a capa era personalizada e feita pelo coletivo Bicicleta sem Freio. Claro que a fila era imensa, mas quem esperou, levou. Dá uma olhada na belezinha.

 

4) NUMA RELAX

Bateu aquela canseira de correr de um palco para o outro? Era só passar numa das áreas de descanso espalhadas pelo festival. Eram bem concorridas, mas com sorte dava pra pegar um lugar legal e até puxar um ronco.

 Também dava pra se jogar nessas redes de descanso, saca só:

10 coisas do Lollapalooza (redes de descanso)

5) COMIDA DECENTE (A PREÇO DE FOOD TRUCK)
 
Comer em festivais é sempre um problema. Não no Lolla. No Chef’ Stage, que levou nomes da gastronomia brasileira pra dentro do evento, dava pra comer ceviche por 9 mangos (R$ 22,5), um baião de dois ou um choripan por 6 mangos (R$ 15). Batemos um pratão de cuscus marroquino delicioso e bem servido, por 10 mangos (R$ 25) numa das barracas. Nada mal!

6) ESPAÇO PRA QUEM TÁ COMEÇANDO

Se você tem uma banda independente, tá batalhando aí na cena e sonha em tocar em um festival de grande porte e nível internacional, o Lollapalooza é o lugar. O festival abre espaço para bandas locais sempre. Este ano teve Far From Alaska, Baleia e Scalene (foto).

7) DREAD EXPRESS

Bateu uma vontade doida de mudar o visual?! Então era só colar no salão de cabeleireiro montando dentro do Lolla pra ter um (ou mais) dread pra chamar de seu.

10 coisas do Lollapalooza (cabeleireiro)

8) SOM É O QUE IMPORTA

Ok, muita gente diz que é preciso gastar a sola do sapato andando entre um palco e outro no Autódromo de Interlagos. Mas essa era a principal arma para manter a qualidade de som dos shows; a posição em que Skol, Onix e Axe se encontravam. A distância e localização dos palcos foi pensada exatamente para que o som de cada show não vazasse para a apresentação vizinha. Porque no fim das contas é pra isso que a gente vai num festival, ouvir música em alto e bom som, né não?

9) PISTA PREMIUM PRA QUÊ? 

O Lolla é um festival democrático. Não há pista premium, aquele tipo de expediente que arranca pequenas fortunas de fãs desesperados por ficarem colados na grande. Os VIPs ficam bem longe dos palcos e assistem pela TV montada no Lolla Lounge.

Uma vez que você está lá dentro do festival, se você gosta muito de um artista, basta se planejar, chegar antes e ficar esperando seu santo ídolo fazer o milagre acontecer. Sem nenhum cara mais abastado que você pagando de rei do camarote na sua frente.

Público do Lollapalooza 2015

 

10) EXPERIÊNCIAS VISUAIS

Ir a festivais é participar de várias experiências, musicais e não musicais. Na parte visual, este ano rolou performance incrível do grupo Fuerza Bruta. Quem passou pelos palcos Onix e Skol pôde ver a performance dos argentinos, que apresentaram o número Flying Crane.

11) ~BÔNUS DA REDAÇÃO DO VIRGULA~ O SHOW DA ST. VINCENT

Claro que diante de gigantes como Pharrell e Calvin Harris, o show da americana St. Vincent pode até ter ficado pequeninho. Mas é bom lembrar que a apresentação que vimos no sábado mostrou uma das melhores artistas do planeta em seu melhor momento. Tamos só falando.

St. Vincent

Lollapalooza 2015, segundo dia

Daniel Kessler, do Interpol
Créditos: Getty Images

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10 coisas que fazem do Lollapalooza um festival que todo mundo quer ir

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