O público que lotou na noite de quarta-feira o Credicard Hall, em São Paulo, para assistir à banda norueguesa A-Ha, pôde presenciar um show bem feito, mas com quase nada de empolgação.

A apresentação, que faz parte da turnê “Lifelines”, marca o retorno do grupo ao Brasil desde sua última aparição em 1991, no Rock in Rio 2.

O show começou pontualmente às 21h30 e o trio tocou acompanhado por uma banda de apoio (baixo, teclados, bateria e uma backing vocal).

A seqüência inicial de canções pertencia principalmente ao “Lifelines”, mais recente álbum que traz o mesmo estilo pop açucarado dos anos 1980.

As músicas desconhecidas dos fãs brasileiros não conseguiram empolgar. E o vocalista Morten Harket não tinha a menor empatia com o público, limitando-se a cantar e a ficar parado no palco.

Agito mesmo partia apenas das fãs mais afoitas que estavam na beira do palco — o público era formado principalmente por pessoas acima dos 25 anos de idade.

Sobrava, então, para o tecladista Magne Furuholmen, a missão de tentar animar a apresentação, falando um “obrigado” aqui e um “fazia muito tempo” ali.

O show ameaçou esquentar quando o A-Ha tocou o primeiro hit da noite, “I’ve Been Losing You”, do disco “Scoundrel Days” (1986). Só que depois entraram mais músicas novas e o clima voltou a esfriar.

Apenas nos momentos finais é que apareceram as canções mais esperadas, como “Stay on These Roads”, “Hunting High and Low”, “Take on Me” e “The Living Daylights”.

Depois de 1h15, os noruegueses voltaram para o bis, encerrando o show com “The Sun Always Shines on TV”.

“Achei ótimo, foi tudo dentro do previsto”, disse Luis Alberto, 40, que viajou de Piracicaba com a namorada apenas para ver o A-Ha.

Para Ulisses Morita, 23, o show foi apenas razoável. “Foi meio desanimado, faltou empolgação.”

O A-Ha volta a tocar na quinta-feira no Credicard Hall. Na sexta a banda se apresenta no ATL Hall, no Rio de Janeiro, no sábado toca no rodeio de Barretos e dia 20 faz um show no Gigantinho, em Porto Alegre.


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A-Ha faz show morno em São Paulo