Uma das figuras que melhor sintetizam a alma do rock’n’roll hoje, Karen O, vocalista do Yeah Yeah Yeahs, pouco se importou com a recepção um tanto frio do público, que aguardava na Arena Anhembi para ver a atração principal da noite desta quinta (7), os Chili Peppers.

No palco, Karen é uma espécie de Joan Jett da era do Facebook, um mashup pós-moderno de ElvisMichael JacksonIggy Pop e, por que não, Rita Lee. Com a mesma voz crua que ouvimos nos discos da banda, ela cantou hits, como a romântica Maps (“a nossa canção de amor”, segundo Karen, dedicada aos Chili Peppers), a dançante Heads Will Roll e a eletrônica Soft Shock.

Esta foi a segunda passagem do Yeah Yeah Yeahs pelo Brasil – a primeira foi no Tim Festival de 2006. Apesar da indiferença dos fãs dos Chili Peppers, de novo o Yeah Yeah Yeahs fez bonito e mostrou num show curto, de uma hora de duração, o que uma banda de rock tem que fazer no palco: tocar bem, cantar com o coração e, acima de tudo, manter a pose, seja diante da plateia do Royal Albert Hall ou do Caipiródromo.

Capítulo à parte são os figurinos de Karen O. Do make, com cruzes abaixo dos olhos e sombra azul, até as duas jaquetas incríveis, uma vermelha de longas franjas, a outra preta, de couro, com spikes formando as letras “KO” atrás, Karen é estilosa demais. Certamente teria púplico para um show só deles em São Paulo. Fikdik, promoters.

SETLIST

Sacrilege

Gold Lion

Pin

Mosquito

Phenomena

Under the Earth

Zero

Soft Shock

Cheated Hearts

Maps

Heads Will Roll


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Abrindo para os Chili Peppers, Yeah Yeah Yeahs faz show curto e eficiente em São Paulo