Rock in Rio: veja um geral dos sete dias de evento


Créditos: gabriel quintão

Rio de Janeiro, sete dias intensos de trabalho, mais de 100 horas de cobertura e 700 mil pessoas depois, o Virgula Música volta à redação em São Paulo para fazer um balanção geral sobre o Rock in Rio 2011.

Para contar tudo o que rolou durante os sete dias de Cidade do Rock seria necessário escrever um livro, mas, como tempo é dinheiro também na internet, vamos listar os fatos mais relevantes da quarta edição do festival.

OS MUITOS PROBLEMAS DE SEGURANÇA

No início do Rock in Rio boatos sobre invasões circularam pela sala de imprensa, mas na última noite a confusão realmente aconteceu. Um grupo tentou invadir a Cidade do Rock duas vezes. Para conter a invasão, a empresa de segurança do evento precisou da ajuda da Polícia Militar, que usou bombas de gás lacrimogêneo, sprays de pimenta e balas de borracha.

O primeiro final de semana do festival foi um caos em relação à segurança nas imediações e dentro da Cidade do Rock. Muitos visitantes foram furtados, além dos colegas da sala de imprensa que cobriam o festival. Já na segunda metade, o policiamento foi reforçado e o número de acorrências caiu. A Polícia Civil registrou até as 22h do domingo (2) 863 queixas de furto desde o primeiro dia do evento.

AS ESTRELAS DO PALCO MUNDO

A baiana Claudia Leitte fez o show mais polêmico (também o mais zoado) da quarta edição do Rock in Rio. Alguns dias antes da apresentação, a cantora declarou que “o Palco Mundo seria o cenário de estreia de uma nova Claudia Leitte”. E ela não deixou por menos. Músicas em várias línguas, covers e até uma alada Leitte fizeram o público vaiar – e muito – o “novo” show da cantora.

Após agradar aos fãs com seu show em São Paulo, Rihanna disse que estava passando mal enquanto o seu público, muito cansado, já ia perdendo a disposição de esperar a cantora subir ao palco. Com aproximadamente 1h30 de atraso, Rihanna finalmente iniciou sua apresentação e acordou grande parte da plateia que dormia na grama sintética.

Axl Rose e companhia, como quase sempre, fizeram os fãs esperar por exatamente 1 hora e 37 minutos debaixo de chuva para o show, que tinha mais de 30 músicas no setlist. Atrasos não são legais nem na sala do médico, quanto mais no último show de um festival.

Ficou difícil entender o motivo de Sepultura e Joss Stone terem sido escalados para o Palco Sunset, dedicado a encontros entre artistas. Enquanto o Gloria tocava no palco Mundo na noite de metal, o Sepultura, a banda mais respeitada do som pesado no Brasil, dividia o palco Sunset com o grupo Tambours Du Bronx. Já Joss Stone fez sua apresentação sozinha, para uma plateia fervorosa e atraiu a maior plateia do Sunset em sete dias de música.

CACIQUE COBRA CORAL X GUNS ‘N ROSES

Uma coisa é fato: Cacique Cobra Coral, o guru encarregado de fazer a reza (muito bem paga) para conter as chuvas, trabalhou muito bem em todos os dias do evento. Mas não conseguiu evitar um verdadeiro diluvio antes da banda liderada por Axl Rose entrar em cena. O palco Mundo ficou encharcado, uma mesa de som queimou e funcionários do backstage usavam rodos na tentativa de secar o chão para o começo da apresentação.

ERA MELHOR TER VISTO NO SOFÁ DE CASA?

O público reclamou bastante que não conseguia ouvir claramente o som do festival, principalmente a galera do “fundão”. Algumas torres com caixas de som estavam desligadas e ficava difícil entender qual música estava sendo executada caso você se afastasse do palco principal. Uma coisa é fato: festival de música com som ruim é muito mico!

FURTOS NA SALA DE IMPRENSA

Até quem estava trabalhando sofreu com problemas de segurança. Na primeira metade do festival, três profissionais tiveram seus equipamentos furtados dentro da sala de imprensa. Já no segundo final de semana, a segurança foi reforçada por câmeras e acesso restrito apenas a profissionais de comunicação.

RIOS DE XIXI

Quando começou a segunda etapa do evento a grande dúvida era apenas uma: será que a organização conseguiu sanar os problemas do esgoto? Para saúde e alegria de todos a resposta foi afirmativa, durante os quatro dias da segunda metade do festival não foi notado nenhum problema com os sanitários.


O MULTISHOW E SEUS MULTIMICOS

Já logo no primeiro dia ficou determinado qual seria o bordão do Rock in Rio 2011: “Hoje é dia de rock, bebê!”. Christiane Torloni, atriz global, soltou a pérola em sua entrevista a Dani Monteiro e logo a frase virou febre nas redes sociais. A assessoria de imprensa da atriz fez questão de esclarecer a situação declarando que Christiane “é budista e não estava alcoolizada”.

Sabrina Satto, do programa Pânico na TV, também não se livrou de ser entrevistada pelo canal de TV a cabo e repentinamente “esqueceu” que shows gostaria de assistir no festival. Outro global, Eriberto Leão, declarou que já tinha ido ao show do Guns ‘N Roses em 2001, “quando Slash ainda estava na banda”, segundo o galã. Porém, o guitarrista deixou o grupo em 1996.

O canal da Globosat transmitiu todos os shows do festival ao vivo, com comentários de Erika Mader, Dani Monteiro, Beto Lee, Luisa Micheletti e Didi Wagner. As duas últimas apresentadoras faziam suas incríveis resenhas ao final de cada show com frases de efeito do tipo: “sensacional”, “que apresentação incrível” e “muito legal”.  Além de pequenos erros como chamar Toxicity, umas das canções mais famosas do System Of a Down, de Disorder. Tudo bem, transmissão ao vivo tem dessas. Uma coisa é certa: não tirem o Multishow de nós em 2013, queremos nos divertir!


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Balanção Rock in Rio: entenda como o festival de 2011 será lembrado