Pe Lanza chega com “Deixe Estar”, reflexão sobre a pandemia e dias melhores

“Quando comecei no Restart era muito inconsequente, mas era muito jovem também, quem não foi? Fiz várias coisas que se pudesse voltar atrás não faria, mas fiz várias outras boas, das quais me orgulho, e pelas quais sou melhor hoje”.

Não se trata de um novo Pe Lanza, mas do mesmo Pe Lanza com 11 anos a mais do que o jovem que estourou com o fenômeno da música brasileira entre os adolescentes em 2010, a banda Restart.

Em entrevista exclusiva ao Virgula, Pe dissecou o seu passado, felicitou o seu presente e moldou o seu futuro em uma conversa que o mostra mais maduro e convicto do que é preciso para fazer o que sempre quis: “levar felicidade às pessoas”.

Passado de tropeços, orgulho e aprendizado

“O Restart foi a maior bagagem que tive na minha vida. Vivi um sonho de moleque, que deu quase tudo certo e me ajudou demais. Sou muito saudosista, foi incrível viver aquilo. Me inspira a viver da música até hoje”, diz o cantor.

A vivência com a banda mostrou um caminho de glórias a Pe, mas também de certa inconsequência. “A gente acabou metendo os pés pelas mãos, também muito por causa da crítica massiva que recebíamos. Seria bom ter dado uma desacelerada no processo”.

Mas o amadurecimento não veio com arrependimento e sim com reflexão. “Não sou do tipo cara que se arrepende e tal. Tudo na vida tem um porquê. Eu era muito jovem, era um turbilhão de coisas. Ia entendendo dia após dia”.

O presente e um novo ciclo na música

Pe Lanza “voltou” às paradas no ano passado, depois de um hiato de quase cinco anos sem novos projetos. “Tô Vivão” respresentou, nas palavras do próprio músico, uma resposta a quem achava que ele tinha “morrido para o mainstream”.

“De certa forma foi uma resposta sim. Era uma resposta, aliás, a diversas piadas que as pessoas faziam na internet, do tipo: ‘pô, esse cara ainda existe’?. Já tinha essa música escrita e super encaixou ao momento, foi só deixar rolar e a coisa fluiu”.

Entretanto, Pe ficou de novo mais tempo sem lançar nada, até que em abril assinou contrato com a Olga Music, um selo parceiro da Warner, e voltou com tudo, lançando mais recentemente “Deixa Estar”.

“Agora na minha vida como artista solo tô tendo uma liberdade criativa muito grande, principalmente depois de assinar com a Olga. ‘Deixa Estar’ foi um desafio ainda maior. Falo sobre um contexto geral, onde todos estão inseridos”.

A canção trata sobre uma mensagem de fé e esperança de que o momento ruim e de dor vai ter um fim. “Eu queria chegar na linguagem que todo mundo entendesse. Queria algo alto astral! O momento já tá muito ruim pra ficar compondo música triste. Então quis levantar a moral!”, destaca Pe.

O futuro: novos projetos de um Pe Lanza maduro

Os fãs que estão lendo esta matéria, lembrem de cobrar Pe sobre não ficar sem lançar algo novo por muito tempo. A mim, o cantor garantiu que agora a ideia é sempre “estar na pista”.

“A gente [parceiros e gravadora] decidiu fazer um novo repertório para quando os shows voltarem e tal. Já temos, basicamente, umas 6, 7 músicas para lançar. O planejamento inicial é de lançar uma a cada 2 meses, com o single e o clipe!”, prometeu.

Sobre a nova fase na carreira e na vida, Pe deixa uma bela mensagem. “Gostaria que assim como eu refleti sobre o que vivi, as pessoas entendessem o real significado de ser feliz, que é dissernir que cada momento é único”.

“A maior capacidade para nós sermos melhor é conseguir sempre dissernir o que é e o que não é necessário para mantermos nossos pés no chão e deixar nosso pensamento e os nossos sonhos livres para nos fazer chegar aonde quisermos”.

Com isto, este jornalista fica sem ter mais nada a declarar…


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Exclusiva! A dor e delícia de ser o que é: Pe Lanza disseca passado, presente e futuro

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