UMF enche sambódromo de fãs de música eletrônica


Créditos: gabriel quintão

O Ultra Music Festival, o maior festival de música eletrônica do mundo, aconteceu no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, da tarde de sábado à madrugada de domingo. Entre os 23 artistas escalados, a reunião banda britânica New Order, o trio Swedish House Mafia, os irmãos do 2ManyDJs, Diplo e o brasileiro DJ Marky dominaram o festival.

O UMF foi aberto oficialmente às 15h40 com Rodrigo Arjonas no Main Stage e os brasileiros do Copacaba Club no palco Arena. Algumas poucas pessoas começavam a chegar, mas em nada se parecia com a animação do público que encheu a arena quando a noite caiu. Marky fez seu habitual show de discotecagem no palco Arena, com direito a maior empolgação da plateia até então.

A apresentação mais esperada do festival ainda estava por vir. Com 20 minutos de atraso, a banda britânica New Order subiu ao palco principal do UMF após encerrar um hiato de quatro anos longe dos palcos. Porém, o show foi marcado por problemas de som e um visível desânimo de alguns integrantes do grupo.

Com Tom Chapman substituindo o baixista Peter Hook – que ficou de fora da reunião do grupo – o New Order apresentou seus maiores clássicos como Crystal, escolhida para abrir o show, Ceremony, The Perfect Kiss, Blue Monday e Temptation, além da marcante Bizarre Love Triangle. A surpresa ficou por conta da canção 586, que não costuma aparecer nos setlists da banda.

Um dos destaques da apresentação foi o vocalista e guitarrista Bernard Sumner, que conversou com público e elogiou o Brasil “é ótimo tocar aqui, o público é demais”. Quando uma pesada garoa começava a castigar a plateia em uma atípica noite de dezembro. “Trouxemos o clima de Manchester para cá”, brincou o cantor ao comentar sobre o clima nublado. “Parece que estamos tocando em casa”. Empolgado, Sumner largou o microfone a arriscou alguns bons passos de dança no auge de seus 55 anos.

Mas não há como negar que apresentação ficou muito aquém do esperado pela maior parte do público. Tanto pelos problemas com o áudio, quanto pelo fato de não tocarem juntos há tanto tempo, o New Order não conseguiu repassar a marcante sonoridade que o fez uma das bandas maios importantes da década de 1980.

Após muitas reclamações com a equipe técnica sobre o áudio e o retorno os britânicos deixaram o palco de uma forma estranha e desajeitada, nada parecida com a maneira que abriram o show. A sensação que fica após a apresentação é de pura dúvida quanto ao futuro do New Order. Talvez a ausência de Peter Hook não seja o maior de seus problemas.

Enquanto Summer e companhia se apresentavam no Main Stage, o palco Arena pegava fogo com uma empolgada apresentação do norte-americano Diplo. O DJ e produtor apresentou seu set que mistura pop, funk carioca, hip hop e dirty south e levou o público ao delírio em um dos shows mais empolgados da noite.

Também no palco principal, o Swedish House Mafia – trio formado por Axwell, Steve Angello e Sebastian Ingrosso – misturou faixas próprias como Save The Word, e remixes de canções conhecidas, como Losing My Religion, do R.E.M., Rolling in The Deep, da Adele e One More Time, do Daft Punk em mais uma apresentação que levantou a galera.

A dupla Duck Sauce apresentou o hit Barbra Streisand, e as novas Big Bad Wolf e aNYway, enquanto muita gente já começava a deixar o local. Na tenda Arena, o duo 2ManyDJs – formado pelos irmãos David e Stephen Dewaele – encerrou a edição 2011 do festival UMF em alto nível com um show eletrizante.




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Festival UMF promove maratona de música eletrônica e traz um apático New Order a São Paulo