Na noite desta quarta-feira, Madonna foi a responsável por apresentar Nadejda Tolokonnikova e Maria Alyokhina, integrantes da banda russa Pussy Riot libertadas em dezembro, para o público que assistia ao show de caridade organizado pela Anistia Internacional.

Madonna criticou o governo do presidente Vladmir Putin (“que não respeita os direitos humanos e perpetua a opressão, a discriminação, e todo o tipo de injustiça”) e contou sobre os percalços que ela e sua equipe passaram em 2012, quando fizeram uma passagem pelo país com a MDNA Tour – ela estava em Moscou quando as integrantes da banda foram presas. “Eu falei abertamente sobre isso na noite seguinte, durante o meu show [sobre a prisão das integrates] e por isso eu recebi muitas ameaças de morte e de repente o número dos meus seguranças triplicaram”.

Ela também lembrou que ela e sua equipe foram ameaçados de irem para a cadeia se não tirassem os “momentos gays” do seu espetáculo seguinte, em Petersburg. “Obviamente, eu não cortei um segundo do meu show e eu não fui presa. Infelizmente, fui processado por um milhão de dólares por esse ‘ato criminoso’ e 87 membros da minha audiência foram presos por mostrarem abertamente ‘comportamento gay’. O que quer que isso signifique. Buuuu”.

“Não é algo pelo qual devíamos lutar”, ela disse sobre os direitos humanos. “Porque o direito de ser livre, de falar o que pensamos, de ter uma opinião, de amar quem quisermos, de ser quem somos, nós temos que lutar por isso? Isso é besteira”.

Mas também houve lugar para um pouco de descontração em seu discursos. No começo dele, ela declarou: “Eu quero agradecer ao Pussy Riot por tornar a palavra ‘pussy’ dizível na minha casa. Antes ela fazia parte das palavras ilegais perto dos meus dois filhos de oito anos, e agora eles não param de usá-la. Em referência à Pussy Riot, é claro”.

Veja o vídeo do discurso de Madonna:

 

 


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Madonna lembra ameaças de morte que recebeu na Rússia e apresenta duas integrantes do Pussy Riot em show