A eleição do palhaço Tiririca significou, pra muita gente, uma confirmação da falta de seriedade da política no Brasil.

Pelo menos Tiririca foi uma exceção. Nenhum dos outros candidatos com alguma ligação com a música conseguiu se eleger. Muitos chegaram a ser humilhados nas urnas.

As mulheres-fruta, Melão e Pêra, por exemplo, foram fortemente rejeitadas pelo eleitor. Concorrendo para deputada estadual no Rio de Janeiro, a Mulher-Melão teve apenas 1.631 votos. Já sua companheira de feira livre, que saiu pelo PTN para federal, nem na xepa eleitoral conseguiu chegar. O TSE indeferiu sua candidatura por causa de uma condenação que ela tem na Justiça, fazendo com que ela aparecesse com zero votos nas listas finais.

O funk não se mostrou bom de voto também no caso de Tati Quebra-Barraco. Candidata a deputada federal pelo PDT do Rio de Janeiro, teve só 1.052 votos. Ficou em 405º lugar na contagem geral.

Em São Paulo, os irmãos do KLB, Franco Finato Scornavacca e Leandro Finato Scornavacca (o Kiko e o Leandro), do DEM, também ficaram de fora. Kiko, concorrendo para deputado federal, teve 38.070 votos. Leandro, candidato a estadual, foi um pouco melhor e quase levou:  teve 62.398 votos e ficou em 103º lugar. O último deputado estadual da coligação DEM/PSDB eleito totalizou 62.580 votos.

Ainda em São Paulo, também fracassaram nas urnas Frank Aguiar, Agnaldo Timóteo e Simony. Sem falar no pagodeiro Netinho, cuja eleição para o Senado pelo PC do B era considerada certa pelas pesquisas, mas que acabou em terceiro, atrás de Marta Suplicy e Aloysio Nunes.

Em Pernambuco, o cantor Reginaldo Rossi também não conseguiu uma vaga de deputado estadual pelo PDT. Ele teve apenas 14.934 votos. Do outro lado do país, no Rio Grande do Sul, o músico Gaúcho da Fronteira ficou no mesmo patamar, 13.667 votos, e também não foi eleito.

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Maioria dos candidatos "musicais" é humilhada nas urnas